Petroleiros não se intimidam com liminar do TST e deflagram greve

Paralisação atinge pelo menos seis estados

Foto: FUP
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A liminar do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que considerou abusiva a greve, não foi impedimento para a Federação Única dos Petroleiros (FUP) anunciar nesta quarta-feira (30) a paralisação da categoria. Os trabalhadores cruzaram os braços em refinarias, terminais e plataformas da Bacia de Campos. O movimento programou atos e manifestações ao longo do dia. Pelo balanço da FUP, estão paradas as refinarias de Manaus (Reman), Abreu e Lima (Pernambuco), Regap (Minas Gerais), Duque de Caxias (Reduc), Paulínia (Replan), Capuava (Recap), Araucária (Repar), Refap (RS), além da Fábrica de Lubrificantes do Ceará (Lubnor), da Araucária Nitrogenados (Fafen-PR) e da unidade de xisto do Paraná (SIX). A FUP informou que não houve troca dos turnos da 0h nos terminais de Suape (PE) e de Paranaguá (PR). Segundo a federação, na Bacia de Campo os trabalhadores também aderiram à paralisação em diversas plataformas. Multa de R$500 mil O Tribunal Superior do Trabalho (TST) decidiu, na noite desta terça-feira (29), declarar ilegal a greve deflagrada pela categoria dos petroleiros. A paralisação, convocada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), teria duração de 72 horas e tem como objetivo pressionar o governo a reduzir preços do gás de cozinha e dos combustíveis, através de mudanças imediatas na política de reajuste de derivados da Petrobras, com retomada da produção das refinarias a plena carga e o fim das importações de derivados. A declaração de ilegalidade da greve foi comunicada pela Advocacia-Geral da União (AGU). Reivindicações Os petroleiros afirmam que o movimento é uma reação à política de preços dos combustíveis, de crítica à gestão na Petrobras e contra os valores cobrados no gás de cozinha e nos combustíveis. A paralisação dos petroleiros ocorre três dias depois de o presidente Michel Temer e equipe negociarem um acordo com os caminhoneiros. Por mais de uma semana, os caminhoneiros pararam o país, provocando desabastecimento nos postos de gasolina, supermercados e prejuízos à economia. *Com informações da Agência Brasil