PF faz operação de busca e apreensão na casa de Edinho Silva e só leva celular e Ipad

Tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff em 2014 afirma que policiais não levaram quaisquer documentos e considera descabido um mandado de busca após as contas da campanha terem sido aprovadas duas vezes pelo TSE 

Foto: DivulgaçãoCréditos: PT
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Tesoureiro da campanha eleitoral de 2014 e ex-ministro da ex-presidente Dilma Rousseff, Edinho Silva, foi alvo de buscas feitas pela Polícia Federal e pela Receita Federal, na manhã desta sexta-feira (9), em sua casa, em Araraquara, cidade onde é prefeito. Segundo Edinho, o ocorrido o deixou indignado. "Policiais federais estiveram na minha casa atrás de documentação que comprovassem algum ato ilegal meu, enquanto tesoureiro da campanha de 2014, no entanto saíram da minha casa sem nenhum papel nas mãos, mas foram levados meus dois celulares, um pessoal e um funcional da prefeitura, e o meu ipad", afirmou em vídeo na sua página no Facebook. "Nós agimos dentro da legalidade e com transparência em 2014. As contas foram aprovadas pelo TSE. Logo depois que a presidenta assumiu, o PSDB entrou com uma ação questionando as doações e foi aberto um processo", lembrou. "No ano passado, o TSE aprovou mais uma vez após essa longa investigação." De acordo com Edinho Silva, "causa estranheza, quatro anos depois das contas serem aprovadas duas vezes pelo TSE, ocorrer um mandato de busca na minha casa atrás de documentos". Ele ainda disse que respeita a PF e o judiciário, mas  o que ocorreu é abusivo. "O mandado de busca hoje em minha residência é algo inteiramente descabido. Acho muito estranho, após quatro anos, sendo que eu sempre prestei todos os esclarecimentos. Segundo a minha advogada, é totalmente irregular e não tem respaldo legal." Além de Edinho, seu assessor na época, Manoel de Araújo Sobrinho, também foi alvo de buscas. O cumprimento dos mandados fazem parte da Operação Capitu, um dos desdobramentos da Operação Lava Jato, o que para Edinho é mais estranho ainda, pois trata de esquemas no Ministério da Agricultura, no qual ele não fez parte. Por conta da operação, o vice-governador de Minas Gerais, Antonio Andrade (MDB), os ex-executivos da JBS, Joesley Batista e Ricardo Saud e mais nove foram presos. "O Brasil está vivendo um momento difícil que precisa ser superado. Espero que as instituições brasileiras possam restabelecer a presunção da inocência e o Estado democrático de direito", concluiu Edinho.