PGR pede condenação de Gleisi e perda de mandato e PT responde: “acusação falsa e perseguição”

Executiva Nacional do PT classificou como “totalmente falsa” a denúncia contra a senadora Gleisi Hoffmann e seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo, feita pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge.

Gleisi Hoffmann. Foto: Lucio Bernardo Jr./ Câmara dos Deputados
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Executiva Nacional do PT classificou como “totalmente falsa” a denúncia contra a senadora Gleisi Hoffmann e seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo, feita pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge. Da Redação* A Comissão Executiva Nacional do PT criticou a denúncia feita pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, nesta sexta-feira (24), contra a senadora e presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, e seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo no âmbito das investigações da Operação Lava Jato. Em nota à imprensa, o PT classificou a denúncia como “totalmente falsa”. “O Ministério Público montou a denúncia com base exclusivamente em delações contraditórias de réus interessados em obter benefícios penais, sem apresentar nenhuma prova, o que é contra a lei”, diz o partido. A Executiva do PT disse também que a defesa de Gleisi e Paulo Bernardo demonstrou e até o Ministério Público reconheceu, no processo, que os delatores não foram capazes sequer de dizer como, quando e onde teriam sido realizados os supostos e inexistentes pagamentos. “A violência cometida contra a presidenta Nacional do PT mostra, mais uma vez, a perseguição contra o partido e suas lideranças, movida por setores do sistema judicial e da mídia”, diz o PT. Gleisi e Paulo Bernardo são acusados de receber R$ 1 milhão para a campanha da senadora em 2010, com base em delações premiadas do doleiro Alberto Youssef. Na manifestação, a última fase do processo antes da sentença, Raquel Dodge pede que os dois sejam condenados ao pagamento de R$ 4 milhões de indenização aos cofres públicos, valor quatro vezes maior que o montante que teria sido desviado da Petrobras. Nota do PT na íntegra: Acusações contra Gleisi são falsas e mostram perseguição ao PT 1) São totalmente falsas as acusações feitas contra a senadora Gleisi Hoffmann na Ação Penal que ela responde junto com o ex-ministro Paulo Bernardo. 2) O Ministério Público montou a denúncia com base exclusivamente em delações contraditórias de réus interessados em obter benefícios penais, sem apresentar nenhuma prova, o que é contra a lei. 3) A defesa demonstrou e até o Ministério Público reconheceu, no processo, que os delatores não foram capazes sequer de dizer como, quando e onde teriam sido realizados os supostos e inexistentes pagamentos. 4) As alegações finais da Procuradoria-Geral da República repetem os mesmos vícios da denúncia original, infundada e arbitrária. 5) O processo sem lastro montado contra a senadora e o ex-ministro será desmontada nas alegações finais da defesa ao STF. 6) A violência cometida contra a presidenta Nacional do PT mostra, mais uma vez, a perseguição contra o partido e suas lideranças, movida por setores do sistema judicial e da mídia. 7) O PT seguirá lutando pelas grandes causas do Brasil, pelo restabelecimento pleno do estado de direito e para que a justiça seja feita. Comissão Executiva Nacional do PT Nota do advogado de defesa de Gleisi e Paulo Bernardo: “A acusação formulada pela PGR foi baseada somente em depoimentos claramente conflitantes de três colaboradores premiados. Ao longo do processo, foram apresentados documentos, prestados testemunhos e ouvidos outros colaboradores que refutaram veementemente a acusação, seja sob o prisma da inexistente solicitação de valores a Paulo Roberto Costa ou da mentirosa história de entrega de valores por Alberto Youssef e Antônio Pieruccini. Certa de que os fatos foram integralmente esclarecidos ao longo da instrução, a Senadora Gleisi Hoffmann apresentará as suas alegações finais confiando em sua absolvição através de um julgamento técnico por parte do Supremo Tribunal Federal”. Rodrigo Mudrovitsch Advogado Senadora Gleisi Hoffmann *Com informações do Brasil 247 Foto: Lúcio Bernardo Júnior/Câmara dos Deputados