PGR rejeita queixa de Dilma contra Bolsonaro após comparação com "cafetina"

Aras alega que xingamento não tem relação com o mandato atual do presidente

Entrevista com o então deputado Jair Bolsonaro, durante a votação do Impeachment da presidente Dilma Rousseff (Valter Campanato/Agência Brasil)
Escrito en POLÍTICA el

O procurador-geral da República Augusto Aras decidiu nesta sexta-feira (31) contra o prosseguimento de queixa-crime da ex-presidenta Dilma Rousseff (PT) contra o presidente Jair Bolsonaro.

O caso envolve um vídeo de 2014 publicado por Bolsonaro nas redes sociais em agosto de 2019. Nele, o presidente compara a então presidenta a uma "cafetina" e os membros da Comissão Nacional da Verdade a prostitutas.

Para Aras, o xingamento não teria relação com o mandato atual de Bolsonaro e que, portanto, ele "não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções". A informação é do UOL.

"A conduta atribuída ao querelado configura, em tese, crime comum e que não guarda relação com o desempenho do mandato presidencial, inexistindo, assim, nexo funcional", afirma Aras.

No trecho do vídeo compartilhado no Twitter, Bolsonaro diz: "Comparo a Comissão da Verdade, essa que está aí, como aquela cafetina, que ao querer escrever a sua biografia, escolheu sete prostitutas. E o relatório final das prostitutas era de que a cafetina deveria ser canonizada. Essa é a comissão da verdade de Dilma Rousseff".