Planalto em pânico; Cunha vai falar e Raquel Dodge quer ouvir

Suas primeiras tentativas de delação foram muito fracas, decepcionantes. Agora, o quadro mudou

O ex-deputado Eduardo Cunha. Foto: José Cruz/Agência Brasil
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De acordo com informações do Blog do Vicente, no Correio Braziliense, depois de muito prometer e não entregar nada de relevante, o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que está preso em Curitiba, enfim, resolveu abrir o bico e detalhar o esquema do qual fez parte. As denúncias envolvem gente graúda da República e desvios na Petrobras e na Caixa Econômica Federal. Há coisa pesada sendo entregue aos investigadores. Um dos envolvidos nas negociações com Cunha diz que as primeiras tentativas de delação dele foram muito fracas, decepcionantes. Por isso, nenhum acordo foi adiante. Agora, o quadro mudou. Segredos da República estão sendo entregues com requintes de detalhes e provas. Resta saber até onde vai Cunha. Ele não se conforma de estar preso há tanto tempo, jogado aos leões sem ninguém para defendê-lo. Reclama ainda da falta de dinheiro. Boa parte das queixas, no entanto, é lorota. Aliado a isto, há o fato da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, ter incluído o presidente Michel Temer nas investigações do esquema montado pela Odebrecht para saquear os cofres da Petrobras e indicar também que pode aceitar a delação de Eduardo Cunha.