Por falta de provas, STJ arquiva investigação contra Fernando Pimentel por caixa dois

Para o advogado do governador de Minas Gerais, Eugênio Pacelli, o arquivamento pelo STJ resulta da “fragilidade” e do “excesso de denúncias improcedentes”

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[caption id="attachment_126108" align="aligncenter" width="680"] “A decisão proferida pelo STJ demonstra como as acusações contra o governador estão se revelando nada mais do que um amontoado de irregularidades processuais", diz o advogado de Pimentel - Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil[/caption] Por falta de provas, a Corte Especial do STJ (Superior Tribunal de Justiça) arquivou, por unanimidade, investigação em que o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), era suspeito de receber recursos de caixa dois durante as eleições municipais de 2012. A sindicância, relatada pelo vice-presidente do STJ, ministro Humberto Martins, foi arquivada a pedido do MPF (Ministério Público Federal). As informações são do UOL. Os procuradores disseram não ter encontrado provas de que Pimentel teria intermediado o caixa dois da campanha do deputado federal Patrus Ananias (PT-MG), então candidato à prefeitura de Belo Horizonte. O petista ficou em segundo lugar na disputa, na qual o prefeito Marcio Lacerda (PSB) foi reeleito em primeiro turno. O processo no STJ havia sido aberto após a delação da empresária Mônica Moura, mulher do ex-marqueteiro do PT João Santana. Segundo a delatora, a campanha de Patrus custou R$ 12 milhões, dos quais R$ 8 milhões foram pagos com “contribuição oficial” e R$ 4 milhões em caixa dois. Para o advogado de Pimentel Eugênio Pacelli, o arquivamento pelo STJ resulta da “fragilidade” e do “excesso de denúncias improcedentes”. “A decisão proferida pelo STJ demonstra como as acusações contra o governador estão se revelando nada mais do que um amontoado de irregularidades processuais, sem qualquer fundamento jurídico nem tampouco embasamento fático”, disse, em nota. Segundo Pacelli, quando o MPF faz o pedido de arquivamento da sindicância, antes mesmo da instauração de inquérito policial, “fica evidenciada a fragilidade deste excesso de denúncias, invariavelmente improcedentes”.