Porta-voz da Presidência diz que governo não admite "em hipótese alguma" casos como o do militar preso com cocaína

Ao ser perguntado se houve falha na segurança da comitiva presidencial, Rêgo Barros respondeu que essas respostas surgirão “somente por meio de um inquérito policial militar, sob a responsabilidade do comando da FAB”

O Porta-Voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros (Foto: Carolina Antunes/PR)
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Devido à irritação de Bolsonaro, que se negou a falar sobre o caso quem respondeu às perguntas dos jornalistas, durante a chegada da comitiva brasileira ao Japão, na madrugada desta quinta-feira (27), foi o porta-voz Otávio Rêgo Barros quem disse que o governo “não admite, em hipótese alguma” procedimentos como o ocorrido na Espanha, onde um oficial da FAB foi flagrado com 39 kg de cocaína num avião da comitiva presidencial. Em sua chegada para o encontro do G20, o presidente Jair Bolsonaro não conseguiu esconder o incômodo diante das inevitáveis perguntas da imprensa sobre o caso do militar brasileiro, membro de sua comitiva, que foi preso na Espanha portando 39 quilos de cocaína. Inscreva-se no nosso Canal do YouTube, ative o sininho e passe a assistir ao nosso conteúdo exclusivo Embora o porta-voz da Presidência, general Otávio do Rêgo Barros, tenha negado que o mandatário estivesse afetado pelo caso – alegou que ele “acabou de chegar de viagem, e só quer descansar para poder cooperar amanhã com o G20 e com os BRICS”, alegou – o fato é que o presidente se recusou a falar com a imprensa, deixando esta tarefa ao seu ministro porta-voz. Ele também afirmou que “o presidente, o Ministério da Defesa e o comando da FAB (Força Aérea Brasileira) não admitem, em hipótese alguma, procedimentos desse tipo, e deseja que isso seja esclarecido o mais rápido possível, e que a pessoa seja punida devidamente dentro dos trâmites”. Um dos questionamentos que Bolsonaro evitou diz respeito ao motivo da troca de escala do outro avião da comitiva presidencial (no qual viajava o presidente) que inicialmente estava marcada também para Sevilha, a mesma cidade onde ocorreu a prisão do aviador brasileiro, mas que acabou sendo transferida para Lisboa. Segundo Rêgo Barros, tudo se tratou de “uma questão técnica, que foi avaliada pelo comando da FAB, juntamente com o GSI (Gabinete de Segurança Institucional)”. Rêgo Barros também afirmou que o presidente ordenou ao Ministério da Defesa e à FAB (Força Aérea Brasileira) tomar todas as medidas pertinentes ao caso, e que o façam o mais rápido possível, para ajudar o trabalho da polícia espanhola”. Ao ser perguntado se houve falha na segurança da comitiva presidencial, o porta-voz respondeu que essas respostas surgirão “somente por meio de um inquérito policial militar, sob a responsabilidade do comando da FAB”. Esta é a primeira participação de Bolsonaro em uma reunião do G20, que acontecerá na cidade japonesa de Osaka, nestas sexta-feira (28) e sábado (29).