Prefeito toma multa após usar cilindro da ambulância para bombear chope em sua casa

Uma mulher morreu durante o transporte por 'falência múltipla de órgãos e choque cardiogênico'

Foto: Reprodução TV Record
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A prefeitura do município de Luiziana (PR), no noroeste do Estado, terá que pagar indenização de R$ 80 mil para cada um dos filhos da mulher que morreu em decorrência da falta de oxigênio. O caso ocorreu na virada de 2012 para 2013. De acordo com o processo, a paciente sofreu um enfarte e precisou ser levada de ambulância, mas não teve a devida oxigenação no trajeto porque o único cilindro portátil da Unidade Básica de Saúde estava na casa do então prefeito, José Claudio Pol, o Claudião (MDB), sendo utilizado para bombear chope em festa de Ano Novo. [caption id="attachment_205463" align="alignnone" width="452"] Foto: Reprodução[/caption] Os desembargadores da 2.ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Paraná decidiram aumentar de R$ 20 mil para R$ 80 mil a indenização para cada um dos filhos. Na ocasião, a Justiça considerou 'negligente' a conduta do então prefeito e escreveu. "Não pairam dúvidas que a ausência de oxigênio no transporte da mãe dos autores (…), que era imprescindível a ela naquele momento, reduziu a chance de sobrevivência", decidiu a Justiça. Segundo o Ministério Público, a mulher morreu por 'falência múltipla de órgãos e choque cardiogênico'. Ela chegou ao Hospital de Campo Mourão, cidade para onde foi levada, já com parada cardiorrespiratória. A Promotoria indicou ainda que, quando o cilindro de oxigênio portátil foi levado da UBS, o pretexto dado foi que o equipamento seria para uso de um parente de 'Claudião'. O município alegou ao Tribunal de Justiça que não foi possível provar que a morte não ocorreu apenas pela falta de oxigênio no transporte até Campo Mourão, portanto a responsabilidade não seria da prefeitura de Luiziana. Com informações da Agência Estado