Prefeitura tucana de São Bernardo é investigada por corrupção

Foi pedida a prisão preventiva do secretário de Gestão Ambiental, um diretor e um chefe de seção, acusados dos crimes de organização criminosa, corrupção passiva e concussão. Suspeita é que os crimes ocorrem desde o início da administração de Orlando Morando, que se diz “surpreso”

Escrito en POLÍTICA el
Foi pedida a prisão preventiva do secretário de Gestão Ambiental, um diretor e um chefe de seção, acusados dos crimes de organização criminosa, corrupção passiva e concussão. Suspeita é que os crimes ocorrem desde o início da administração de Orlando Morando, que se diz “surpreso” Da Redação* Dez mandados de busca e apreensão foram deflagrados na manhã desta terça-feira (31), em São Bernardo, dentre eles, na Secretaria de Gestão Ambiental e na residência do secretário, o vereador licenciado Mario Henrique de Abreu (PSDB). O tucano é acusado de receber propina. O diretor do Departamento de Licenciamento e Avaliação Ambiental, Sergio de Sousa Lima, e o chefe de seção de Fiscalização Ambiental Tiago Alvez Martinez, também foram alvos da operação e são acusados dos crimes de organização criminosa, corrupção passiva e concussão. Existem rumores indicando a existência de negociações envolvendo liberações de licenças ambientais, porém, tais especulações não são confirmadas oficialmente até o momento, uma vez que investigações estão em segredo de Justiça. A operação, batizada de “Barbatanas”, realizada em parceria do Gaeco com o Ministério Público, atinge em cheio a administração tucana do prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), que se disse “surpreso” com a denúncia e anunciou a exoneração do secretário e dos assessores. A suspeita é de que esquema de corrupção funcione desde o início do governo tucano de Orlando Morando. A 12ª Promotoria de Justiça de São Bernardo informou que houve o pedido de prisão preventiva de todos os envolvidos, mas a solicitação foi indeferida e o Gaeco já recorreu. A operação contou com o apoio de dez promotores de Justiça e efetivo de 20 policiais do GOE (Grupo de Operações Especiais da Polícia Civil) e dez viaturas da polícia. Ainda de acordo com o Ministério Público, os denunciados foram devidamente citados, notificados e intimados, em especial, quanto ao afastamento dos cargos, além de outras medidas cautelares como a proibição de contato com testemunhas e vítimas e a necessidade da entrega de passaportes. Ao todo foram apreendidos cerca de 19 computadores, oito aparelhos de celulares, diversos pendrives, além de inúmeros documentos. *Com informações do Diário do Grande ABC  Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr