Presidente da Assembleia paulista vai impedir homenagem ao ditador Augusto Pinochet

A pedido do deputado estadual Frederico D’Ávila, que hoje integra o PSL mas pretende migrar para o partido que será criado por Jair Bolsonaro (Aliança Pelo Brasil), foi marcado um ato solene no dia 10 de dezembro “em memória” de Pinochet

O ditador chileno Augusto Pinochet (Arquivo)
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O presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), deputado Cauê Macris (PSDB) anunciou nas redes sociais que vai assinar um ato impedindo um evento em homenagem ao ditador chileno Augusto Pinochet. "Assino nesta quinta um ato da Presidência impedindo que aconteça o evento em homenagem ao ditador Augusto Pinochet dentro da @AssembleiaSP. O ato será publicado no Diário Oficial do Estado na sexta-feira (22)", tuitou Macris. A pedido do deputado estadual Frederico D’Ávila, que hoje integra o PSL mas pretende migrar para o partido que será criado por Jair Bolsonaro (Aliança Pelo Brasil), foi marcado um ato solene no dia 10 de dezembro “em memória” de Pinochet. Um detalhe curioso no registro do evento é a grafia do nome do ditador: Augusto P. Ugarte, escondendo o sobrenome mais famoso.
O governo do general Augusto Pinochet se arrastou de 1973 até 1990, com mais de 80 mil pessoas sendo presas e outras 30 mil torturadas. Segundo números oficiais, mais de três mil pessoas foram assassinadas. Nesta quarta-feira (20), o deputado estadual Emidio de Souza (PT-SP) fez uma postagem em suas redes sociais informando que iria enviar ofício a Macris solicitando o cancelamento da homenagem ao ditador chileno Augusto Pinochet. “Amanhã, na primeira hora, vou enviar ofício ao presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, Cauê Macris, pedindo o cancelamento da sessão prevista para homenagear o ditador chileno Augusto Pinochet. Uma Casa de Leis que representa o povo jamais deve homenagear uma pessoa que reconhecidamente cometeu crimes contra a humanidade”, publicou o deputado em suas redes.