Presidente do PSDB do Rio diz que Bebianno morreu de tristeza

Bebianno era considerado homem de confiança de Bolsonaro e foi o primeiro ministro a ser demitido, após crise que envolveu Carlos Bolsonaro

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O presidente do PSDB do Rio de Janeiro, Paulo Marinho, afirmou que o ex-ministro e pré-candidato a prefeito do Rio, Gustavo Bebianno, morreu de tristeza por tudo que ele passou.

“A cidade do Rio perdeu um candidato que iria enriquecer o debate eleitoral, e eu perdi um irmão. O Gustavo morreu de tristeza por tudo que ele passou. Agora é hora de confortar a esposa, os filhos e os amigos”, lamentou Marinho. Bebianno deixa mulher e dois filhos.

Homem de confiança de Bolsonaro

Considerado um dos homens de confiança do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido-RJ), Bebianno foi o primeiro ministro a deixar o governo, em fevereiro de 2019.  Sua demissão foi confirmada em meio a uma crise que se originou com a suspeita de que o PSL, partido ao qual Bolsonaro e Bebianno eram filiados, teriam usado candidatura “laranja” nas eleições de 2018.

O jornal Folha de S.Paulo informou na época que, quando Bebianno presidia o PSL, o partido, repassou R$ 400 mil a uma candidata a deputada federal de Pernambuco. Segundo o jornal, o repasse foi feito quatro dias antes das eleições, e ela recebeu 274 votos.

Bebianno negou as irregularidades, afirmando que não foi o responsável por escolher as candidatas que receberam dinheiro do partido. Isso porque, segundo ele, a decisão coube aos diretórios locais.

Após a reportagem da “Folha”, Bebianno negou em entrevista ao jornal “O Globo” que fosse o pivô de uma crise dentro do governo e acrescentou que, somente naquele dia, havia falado com o presidente por três vezes. Na ocasião, Bolsonaro ainda estava internado em razão de uma cirurgia.

Após a publicação da entrevista, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) usou uma rede social para dizer que Bebianno mentiu ao dizer que havia falado com o presidente.

Carlos, e depois o próprio Bolsonaro, chegaram a divulgar um áudio no qual, segundo eles, o presidente diz a Bebianno que não podia falar com o então ministro.

Coordenador de campanha

Ele foi um dos coordenadores da campanha eleitoral do presidente, costurou o acordo que levou Bolsonaro ao PSL e presidiu a legenda durante a corrida eleitoral de 2018.

Após a eleição, Bebianno deixou o posto e foi escolhido para assumir a Secretaria-Geral da Presidência, um dos ministérios com gabinete no Palácio do Planalto.

Com informações da Folha e do G1