Presidente do PSL, cotado para ser ministro da Justiça de Bolsonaro, quer indicar Moro ao STF

Gustavo Bebianno disse: “Ter um ministro com o perfil do juiz Sergio Moro seria muito bom. É um nome que se cogita, sim”, esquecendo da perseguição imposta ao ex-presidente Lula

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[caption id="attachment_142754" align="alignnone" width="600"] Foto: Reprodução/TV Globo[/caption] Gustavo Bebianno, presidente do PSL e cotado para ser o ministro da Justiça em um eventual governo de Jair Bolsonaro (PSL), afirmou, em entrevista a Constança Rezende, do Estado de S.Paulo, que o militar irá “discutir tabus”, caso vença. Segundo ele, os tabus são a Previdência, a reforma trabalhista e o papel do Supremo Tribunal Federal (STF). Em relação à Corte, Bebianno defende a indicação de ninguém menos do que Sergio Moro, responsável pela condenação sem provas do ex-presidente Lula. “Seria bom que o STF recuperasse a sua credibilidade. Ter um ministro com o perfil do juiz Sergio Moro seria muito bom. É um nome que se cogita, sim. Ele é uma pessoa séria, patriota e que quer o bem para o Brasil. Nossa relação com o STF será a melhor possível, harmoniosa”, afirmou. Questionado sobre como seria a relação do governo de extrema direita com o Congresso, ele fez questão de atacar o PT e demais partidos do campo progressista: “Com petista não há papo, não há diálogo, porque petistas são o mal para o Brasil. Com eles, PSOL, PCdoB, com a extrema esquerda não haverá nenhum diálogo. Zero. O PDT do Ciro (Gomes) também acho difícil, talvez com um ou outro. A gente pensa menos no partido e mais em pessoas. Partidos são feitos por pessoas que, muitas vezes, se perdem dentro de uma estrutura viciada”. O presidente do PSL voltou a defender a tese de armar a população: “Na verdade, a gente quer fazer valer o referendo de 2005, em que a população optou pelo direito de posse de arma, porque sem uma arma de fogo é impossível o pleno exercício da legitima defesa. Então, quando Jair Bolsonaro menciona a posse de arma por cidadão comum, de bem, ele não usa isso como plano de redução da violência. Ele simplesmente considera razoável que cada ser humano possa defender a sua vida. E esse direito só pode ser exercido com arma de fogo”. E deixou em aberto a possibilidade de renovação da intervenção militar no Rio de Janeiro, que, ao contrário do que pregava o governo de Michel Temer, aumentou os índices de violência: “Pode ser que sim, pode ser que não. Vamos estudar mais para frente, ouvindo especialistas da área”.