Pressionado por demissão de Moro, Bolsonaro descarta divisão de ministério

O caso desencadeou uma crise no governo

Bolsonaro e Sergio Moro - Foto: Isaac Amorim/MJSP
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O presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) afirmou nesta sexta-feira (24), ao chegar à Nova Déli, na Índia, que está descartada a possibilidade de desmembrar o Ministério da Justiça, comandado por Sergio Moro. "O Brasil está indo muito bem, na segurança pública os números demonstram que estamos no caminho certo. É minha máxima, né, em time que está ganhando não se mexe", afirmou. Perguntado se a mudança estava descartada, Bolsonaro respondeu que sim: "Lógico que está descartado. Nem precisava responder". "A chance no momento é zero. Tá bom ou não? Tá bom, né? Não sei amanhã. Na política, tudo muda, mas não há essa intenção de dividir [o Ministério da Justiça]. Não há essa intenção", completou. Bolsonaro afirmou, nesta quinta-feira, que, mesmo contra a vontade de Moro, que atualmente é o responsável pela área, o governo estuda a possibilidade de recriar o Ministério da Segurança Pública. O caso desencadeou uma crise no governo. A informação de que, caso ocorresse a divisão Moro poderia deixar o ministério foi o destaque do Jornal Nacional, da TV Globo, desta quinta-feira. Sergio Moro teria confidenciado a pessoas próximas que está chateado e arrumando as gavetas, caso os planos do chefe para ele se concretizem. General Heleno O general Augusto Heleno (Segurança Institucional) está na comitiva à Índia com Bolsonaro. Na crise de agosto, onde Moro quase foi demitido, a jornalista Thais Oyama conta em Tormenta que, entre outras coisas, pesou a avaliação do general Heleno, que teria dito a Bolsonaro que se ele demitisse Moro seu governo acabaria. Fazia todo sentido. Heleno se mostrou mais perspicaz do que parece neste episódio, diga-se. Naquele momento o governo atravessava uma crise e Bolsonaro sequer tinha entregado a reforma da Previdência. Mourão era uma sombra e já havia quem o defendesse para o dia seguinte de um possível impeachment. JN A informação de que, caso ocorra a divisão Moro pode deixar o ministério foi o destaque do Jornal Nacional, da TV Globo, desta quinta-feira. Sergio Moro teria confidenciado a pessoas próximas que está chateado e arrumando as gavetas, caso os planos do chefe para ele se concretizem. De acordo com o Blog do Rovai, em agosto do ano passado, Bolsonaro demitiu Moro e depois de o ministro chorar à frente de um colega que lhe deu a notícia e pedir uma segunda chance, rolou uma reconsideração. Com informações do G1