Prioridades do PT na Câmara são luta contra fome e justiça para Lula, diz novo líder

Bohn Gass, do RS, ainda destacou que bancada se empenhará por vacinas para todos e retomada do auxílio emergencial

O deputado federal Elvino Bohn Gass, do PT-RS - Foto Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
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O novo líder do PT na Câmara dos Deputados, Elvino Bohn Gass (RS), disse nesta terça-feira (23) que, entre os pontos prioritários da ação da bancada do partido neste ano está a luta contra a fome e a miséria no Brasil e pelo restabelecimento pleno dos direitos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Outros pontos destacados pelo novo líder são a defesa de que a vacina contra a Covid-19 alcance todos os brasileiros e pela volta do auxílio emergencial.

Bohn Gass assumiu o cargo nesta terça-feira no lugar de Enio Verri (PT-PR), que liderou a bancada do final de 2019 até agora. O deputado está em seu terceiro mandato e já ocupava a vice-liderança do partido.

No discurso no plenário da Câmara em que elencou as prioridades da bancada, ele destacou a luta contra a fome e por dignidade para a população.

“Enquanto houver um irmão, ou uma irmã passando fome, todo o povo brasileiro pode ter a certeza: o PT estará lutando para que isso não mais aconteça”, disse. “O PT nasceu para lutar pela dignidade humana. Por comida na mesa, teto para morar, trabalho para gerar renda, e acesso à educação e à saúde pública.”

O deputado fez uma fala forte sobre o caso da condenação de Lula e sobre os métodos da Lava Jato, escancarados pela revelação dos diálogos entre os procuradores da força-tarefa, a partir do material apreendido na Operação Spoofing.

“A farsa da Lava Jato, a injusta condenação de Lula e o golpe que tirou o PT do poder é que fizeram a fome e a miséria voltar”, afirmou. “Então, contar a história verdadeira, restabelecer a justiça e devolver a dignidade ao nosso povo são as tarefas para as quais quero que a minha liderança contribua”.

Bohn Gass afirmou que o PT defende a retomada do auxílio emergencial. No entanto, rebateu a PEC Emergencial (PEC 186/2019), que cria mecanismos de ajuste fiscal para União, estados e municípios, com profundos cortes nos investimentos em saúde e educação. Ela ainda acaba com a obrigatoriedade de reajuste do valor do salário mínimo.

Segundo ele, o partido será contra PEC se o governo, para garantir uns poucos meses de auxílio emergencial, incluir na proposta o corte permanente de investimentos em saúde e educação.

Impeachment de Bolsonaro

O deputado destacou ainda que o partido defende o impeachment do presidente de extrema-direita Jair Bolsonaro (sem partido).

Ele disse que o governo Bolsonaro “é sinônimo de indignidade”, daí a posição pelo impeachment do capitão-presidente. “Este é um governo que transforma nosso alimento de cada dia em veneno”, acusou ele, destacando que em apenas dois anos Bolsonaro liberou 907 novos registros de agrotóxicos, muito mais do que em sete anos de governos anteriores.

Com informações do PT na Câmara