Em diálogos com colegas do Ministério Público Federal (MPF), o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima afirmou não se sentir "confortável" em endossar a defesa do ex-juiz Sergio Moro ao advogado trabalhista Carlos Zucolotto Junior. A informação é da coluna de Mônica Bergamo.
Padrinho de casamento do ex-juiz e ex-sócio de Rosângela, esposa de Moro, Zucolotto foi acusado de intermediar negociações paralelas com a força-tarefa da Operação Lava Jato em troca de pagamentos por meio de caixa dois.
As acusações partiram do advogado Rodrigo Tacla Duran, que trabalhou para a Odebrecht de 2011 a 2016. As conversas entre os dois envolveriam abrandamento de pena e diminuição da multa que o ex-advogado da Odebrecht deveria pagar em um acordo de delação premiada.
Por meio de nota, no entanto, Moro saiu em defesa do amigo: "O advogado Carlos Zucolotto Jr. é meu amigo pessoal e lamento que o seu nome seja utilizado por um acusado foragido e em uma matéria jornalística irresponsável para denegrir-me".
Os procuradores então passaram a discutir entre si sobre o tratamento que dariam a Zucolotto. Os diálogos foram apresentados Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (3) pela defesa do ex-presidente Lula.