Procurador eleitoral tentou encerrar investigação sobre Flávio sem diligências

Investigação do MPE apurava suposta falsidade ideológica de Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) ao declarar bens à Justiça Eleitoral; caso agora está em trâmite no MPF do Rio de Janeiro

Reprodução/GloboNews
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Sidney Madruga, procurador regional eleitoral do Rio de Janeiro, tentou arquivar uma investigação contra o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) sem realizar nenhuma diligência. As informações são da Folha de S. Paulo. De acordo com o jornal, Madruga era o responsável pela investigação no Ministério Público Eleitoral (MPE) do Rio de Janeiro que apurava suposta falsidade ideológica do senador na declaração de bens à Justiça Eleitoral. A 2ª Câmara Criminal de Revisão do Ministério Público Federal, no entanto, vetou o arquivamento solicitado pelo procurador e exigiu uma apuração mais rigorosa. O caso está sob trâmite, agora, na área criminal do Ministério Público Federal do Rio de Janeiro. A investigação teve como origem uma notícia crime feita pelo advogado Eliezer Gomes da Silva que aponta uma evolução patrimonial atípica de Flávio Bolsonaro. O filho do presidente, enquanto deputado estadual, teria declarado imóveis com valores mais baixos que os de aquisição. O MPF fala em  “aumento patrimonial exponencial” e “negociações relâmpago e extremamente lucrativas”. Em nota, a assessoria de Flávio Bolsonaro declarou que o senador “é vítima de perseguição política e que ele repudia a tentativa de imputar irregularidades e crimes onde não há”. Caso Queiroz 
A investigação por falsidade ideológica se soma à investigação contra o ex-assessor Fabrício Queiroz, em que Flávio Bolsonaro também é citado. Coaf aponta 48 depósitos suspeitos na conta de Flávio Bolsonaro em apenas um mês Queiroz é alvo de uma investigação no MPRJ que tem como base um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) que aponta movimentações financeiras atípicas do amigo da família Bolsonaro. De acordo com o Coaf, Queiroz, enquanto assessor de Flávio, movimentou em sua conta mais de R$1 milhão entre 2016 e 2017, um valor incompatível com seu salário e patrimônio. Essa movimentação suspeita incluiu um depósito de R$24 mim à primeira-dama Michelle Bolsonaro. Nem Queiroz e nem Flávio Bolsonaro prestaram esclarecimentos ao MP sobre as movimentações.