A procuradora do Ministério Público do Rio de Janeiro, Soraya Taveira Gaya, emitiu um parecer em 12 de maio deste ano pedindo a suspensão da investigação sobre o esquema de "rachadinha" no antigo gabinete de Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).
Gaya, que não faz parte do grupo oficial de investigadores responsáveis pelo caso, emitiu o parecer depois que a defesa do filho do presidente fez um pedido semelhante ao tribunal, em meio deste ano, de suspensão das investigações. A ideia dos advogados era suspender o inquérito até a análise do pedido de habeas corpus apresentado em março, ou então até que um julgamento fosse marcado.
A procuradora já havia se manifestado anteriormente a favor do senador. Em setembro de 2019, Soraya deu parecer favorável para que Flávio recebesse foro privilegiado perante o Tribunal de Justiça no caso Queiroz.
"Estamos tratando de um paciente que, em tese, teria cometido crimes, supostamente escudado pelo mandato que exercia à época, sendo o mesmo filho do atual presidente da República, o que faz crescer o interesse da nação no desfecho da causa e em todos os movimentos contrários à boa gestão pública", afirmou no parecer.
"Existe uma tendência em extirpar o chamado fórum privilegiado, que de privilégio não tem nada, trata-se apenas de um respeito à posição ocupada pela pessoa", disse em outro trecho.
O pedido de suspensão das investigações sobre as "rachadinhas" ainda não foi apreciado na 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça. Desembargadores podem acatar ou não a manifestação da procuradora.
Com informações do O Globo.