Procuradoria pede cassação por caixa dois de senadora conhecida como “Moro de saias”

Foi Selma quem mandou prender, em 2017, o ex-governador Silval Barbosa (MT) além de vários empresários influentes no Estado

Selma Arruda - Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
Escrito en POLÍTICA el
Foi pedida a cassação do diploma da senadora Selma Arruda (PSL), conhecida como ‘Sérgio Moro de saias’, por sua pena pesada em ações criminais contra políticos e servidores públicos. Ela é acusada pelo procurador-regional eleitoral de Mato Grosso, Raul Batista Leite, por suposto caixa dois de R$ 1,2 milhão. O procurador pediu também a realização de novas eleições para a cadeira do Estado no Senado. Segundo a quebra de sigilo, os valores, que foram gastos pela ex-juíza em sua campanha, haviam sido transferidos por seu primeiro suplente, Gilberto Possamai. Foi Selma quem mandou prender, em 2017, o ex-governador Silval Barbosa (MT) além de vários empresários influentes no Estado. Selma também condenou a 26 anos e sete meses de prisão o ex-deputado José Riva por ‘escabroso esquema’ na presidência da Assembleia Legislativa de Mato Grosso. Nas eleições de 2018, ela foi eleita com 678 mil votos, e declarou bens no valor de R$ 1,4 milhão. As investigações se iniciaram quando a senadora fez gastos de campanha incompatíveis com seu patrimônio declarado ao Tribunal Superior Eleitoral. Após a quebra de seu sigilo, foram identificadas transações de Possamai e sua esposa, Adriana, para a conta de Selma. “Dessa fonte ilícita, Selma Arruda efetuou uma doação (como se de recursos próprios fosse – Recibo nº 001700500000MT000101E e do Demonstrativo de Receitas Financeiras – prestação de contas) no valor de R$ 188.000,00 para a conta oficial de campanha”, diz o Procurador. O Ministério Público Eleitoral ressalta que ainda em abril de 2018, pouco tempo antes das eleições, Selma ‘detinha saldo bancário negativo (R$ -2.638,31), o que comprova matematicamente que o valor acima está amparado no suposto mútuo de R$ 1.500.000,00, obtido junto a Gilberto Possamai’. “Nessa senda, toda a chapa encabeçada pela candidatura de Selma Arruda restou beneficiada pelo abuso de poder econômico e pelos gastos ilícitos de campanha, havendo de ser cassada em sua integralidade”, sustenta a Procuradoria. A senadora afirmou que não vai comentar o pedido da Procuradoria. Com informações do Blog de Fausto Macedo no Estadão