Promotoria da Espanha pede 8 anos de prisão para militar que traficou cocaína em avião da FAB

O sargento da Aeronáutica Manoel Silva Rodrigues também deverá pagar uma multa de 4 milhões de euros, que equivalem a cerca de R$ 18 milhões

O militar da FAB, Manoel Silva Rodrigues, preso por tráfico internacional de 39 quilos de cocaína (Reprodução)
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A Promotoria da Espanha pediu a pena de oito anos de prisão e uma multa de 4 milhões de euros, que equivalem a cerca de R$ 18 milhões, para o sargento da Aeronáutica Manoel Silva Rodrigues. O militar está preso desde o dia 26 de julho em Sevilha, acusado de transportar ao país 39 kg de cocaína em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), usado na época em comitiva do presidente Jair Bolsonaro (PSL) em viagem a cúpula do G-20, no Japão. No documento, a Promotoria alega que a droga encontrada tinha 80% de pureza e que, portanto, o objetivo do militar era vendê-la a terceiros. Ainda de acordo com a publicação, não se sabe se o receptor da cocaína era algum grupo de Sevilha ou de outro local da Espanha. O sargento do Exército recebeu há alguns dias a visita de uma comitiva de militares brasileiros que viajaram à Espanha para interrogá-lo sobre o caso. No entanto, Silva Rodrigues não quis depor e apenas defendeu as pessoas que o acompanhavam no momento em que ele foi detido, alegando que nenhuma delas teve envolvimento com o caso. Essa não é a primeira vez neste ano que aviões da FAB são usados para transportar droga ilegalmente. Em abril, um militar perdeu posto após ser condenado por tráfico internacional de cocaína.