PSB decide volta à esquerda e diz não ao apoio a Alckmin

Prioridade do partido é lançar candidato próprio, mas se optar por apoiar candidato de outra legenda ele terá de ser do campo progressista

Foto: Alexandre Carvalho/A2img
Escrito en POLÍTICA el
O PSB aprovou na noite desta sexta-feira (2/3) uma resolução em que fecha as portas para o apoio à candidatura presidencial do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Pelo texto aprovado, a prioridade é lançar candidato próprio, mas se o partido optar por apoiar um candidato de outra legenda ele terá de ser do campo progressista. A decisão tem relação direta com o lançamento de João Doria pelo PSDB paulista, o que tira do atual vice, Márcio França, PSB, as condições de ter Alckmin em seu palanque. Também tem relação com o fato de que as melhores chances do partido de eleger governadores são no Nordeste, onde Lula lidera com imensa folga em todos os estados. Márcio França, que assume o governo de São Paulo no mês que vem, defende que o partido priorize as eleições estaduais e não lance candidato próprio. “Não há chance de lançar alguém neste momento”, afirmou ao Estado de S. Paulo. E disse que está mais preocupado com as negociações em torno do apoio à sua candidatura do que com Alckmin. "Ele que estará no (palanque) do Doria", declarou. E disse que há chance de seu partido apoiar a candidatura presidencial do senador Álvaro Dias (PR) em São Paulo. Entre as possibilidades de candidatura pelo PSB estão a do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa, que ainda não se filiou ao partido, e do ex-ministro Aldo Rebelo. O apoio a Ciro Gomes (PDT) também é uma opção forte. Se Lula vier a ser candidato, o PSB deve liberar o apoio para que os candidatos a governos pela sigla no Nordeste possam tê-lo em seus palanques.