PSB tem preferência em Pernambuco e Espírito Santo, diz Paulo Teixeira

O deputado também afirmou que há uma “certa ansiedade” no presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira

Escrito en POLÍTICA el

Em entrevista ao Fórum Onze e Meia desta terça-feira (01), o deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) comentou sobre as críticas feitas, dentro e fora do PT, ao nome de Geraldo Alckmin (sem partido) como vice na chapa presidencial de Lula. Para o deputado, a eleição deste ano coloca a necessidade de se refazer o pacto constitucional de 1988 e isso demanda “fazer sacrifício”.

"O tema da vice, eu acho que a pergunta que tem que se fazer é: nós faremos ou não um sacrifício para derrotar o fascismo? O fascismo nas suas diversas faces. A face do presidente da República e a face do Moro, são ambas faces do fascismo do nosso país e do ultraliberalismo. Nós faremos sacrifício ou vamos fazer uma chapa com forte identidade de natureza ideológica e com risco de perder as eleições? Eu peço para todo mundo que pense: o que será do Brasil com quatro anos de Bolsonaro e quatro anos de Moro? Eu acho que tem que ser feito o sacrifício", questionou o deputado.

Para o deputado, a eleições deste ano colocam o Brasil de frente para aquilo que ele chamou de "reconstrução da democracia" e que possui semelhanças com a construção do pacto constitucional de 1988, que restabeleceu o regime democrático no país após a Ditadura Militar (1964-1985).

“O tema da reconstrução da democracia nos coloca de frente novamente com aqueles que construíram o pacto democrático da Constituição de 1988. Ainda que nós estivéssemos em caminhos diferentes depois da Constituinte, eu acho que nos coloca a necessidade de repactuar, reconstruir o pacto democrático de construção do Estado social da Constituição de 1988", analisou.

Sobre o nome do ex-governador de São Paulo como vice de Lula, Teixeira afirma que "Alckmin não vem apoiar Lula com o PSDB, ele vem apoiar o Lula sozinho. O PSDB tem a candidatura do Doria, que é ultraliberal, não é fascista, mas é uma direita ultraliberal. Ele [Alckmin] vem num programa que será construído pelo PT, PSB, PV, PCdoB… ele vem num programa de mudanças, um programa antiliberal".

PSB e PT: as candidaturas estaduais

O deputado também comentou algumas declarações de Carlos Siqueira, presidente nacional do PSB, de que o PT estaria entregando pouco apoio aos candidatos estaduais do Partido Socialista.

"Eu acho que há uma certa ansiedade no Siqueira e ela é normal. Nós já dissemos ao PSB que a preferência na escolha do sucessor de Paulo Câmara (Pernambuco) é do PSB, nós já dissemos ao PSB que a preferência no Espírito Santo é a candidatura do PSB e o Contarato sabe (senador Fabiano Contarato que deixou a Rede e se filiou ao PT), no Rio de Janeiro também", disse Teixeira.

Teixeira também comentou que há uma "disposição para construir a federação, nós não achamos que o PT perca. O PT cresce, o PSB cresce, o PCdoB cresce… vai ser um crescimento conjunto e vai ser muito importante para organizar a base de governo do governo Lula, que vai ser um núcleo estratégico com o PSB, PCdoB, PV, e por que não o PSOL e a Rede?".

Em seguida, Paulo Teixeira falou sobre a candidatura de Fernando Haddad ao governo do estado de São Paulo.

"São Paulo nós também já dissemos: nós queremos Fernando Haddad como nosso candidato ao governo. No Rio Grande do Sul nós também achamos que há um entendimento entre o nosso candidato, o Edegar Pretto, com a Manuela D'Ávila e o Beto Albuquerque. Então, não existe isso, e ele (Carlos Siqueira) já sabe. A única coisa que nós achamos é que aqui em São Paulo o Fernando Haddad está em melhores condições de disputa pelo governo do estado, podendo ser governador e ele é nome que pode ser governador. Ele é o melhor nome", salientou Teixeira.

https://www.youtube.com/watch?v=hRaCaJbAvd8

Temas

PSB