PSL e PSC foram os únicos partidos fiéis a Bolsonaro no decreto de armas

PT, PSB, PDT e Rede votaram unificados contra o decreto do governo enquanto partidos da base governista, como MDB e PSDB, se dividiram

Oposição comemora derrubada do decreto de armas no Senado (Marcos Oliveira/Agência Senado)
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A derrota de Jair Bolsonaro no Senado Federal, nesta terça-feira (18), mostrou mais uma vez a fragilidade da base formada pelo governo no Congresso. Dos 16 partidos do Senado, apenas os quatro de oposição clara (PT, PSB, PDT e Rede) e os dois mais próximos do governo (PSL e PSC) não racharam na votação sobre o decreto legislativo contra a liberação de armas. A diferença de 19 votos na votação do decreto legislativo foi marcada por divisões internas nos partidos tidos como aliados do governo. O MDB, maior partido na Casa e legenda do líder do governo, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), marcou um 7 x 5 contra Bolsonaro. Inscreva-se no nosso Canal do YouTube, ative o sininho e passe a assistir ao nosso conteúdo exclusivo O líder da maioria, Eduardo Braga (MDB-AM) foi um dos que se opôs à flexibilização pretendida e provocou no Twitter: "Já pensaram quantos 'laranjas' serão usados pelo crime organizado para comprar armas legalizadas, se esse decreto não for derrubado?". Os dois partidos que integram o mesmo bloco do PSL, de Bolsonaro, deram uma "goleada" no governo. Tanto no PSDB quando no Podemos, seis dos oito senadores foram contrários ao decreto das armas. Apenas no próprio PSL, que possui quatro senadores, e no PSC, com um, não houve divisões. Já a oposição, formada por PT, PSB, PDT e Rede votou de forma unificada a favor do decreto legislativo que derruba a determinação de Bolsonaro. As legendas integram blocos partidários diferentes: o PT está junto com o PROS, e os outros três, com o Cidadania (Ex-PPS). Os dois partidos possuem 3 senadores cada e em ambos um legislador votou junto do governo. Humberto Costa, líder do PT, comemorou o resultado de ontem pelo Twitter: "Por 47 x 28, o Senado Federal derrotou os decretos de Jair Bolsonaro que liberavam a posse e o porte de armas no Brasil. É uma vitória da nossa sociedade, que não vai retroceder no seu processo civilizatório". Confira como foi a votação (NÃO era favorável ao governo, SIM era contrário).