PSOL entra na Justiça para tentar barrar aumento de 46% no salário de Bruno Covas

"Bruno Covas e os vereadores estão desrespeitando a população que sofreu tanto em 2020 e segue sofrendo com as consequências da pandemia de Covid-19", afirma Luana Alves, eleita vereadora pelo PSOL

Ricardo Nunes e Bruno Covas (Reprodução/Twitter)
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Vereadores eleitos e a atual bancada do PSOL na Câmara Municipal de São Paulo anunciaram que vão contestar judicialmente o aumento salarial de 46% sancionado por Bruno Covas (PSDB) nos salários do prefeito, vice e secretários da capital paulista.

"Já é um absurdo que os parlamentares votem o aumento do próprio salário. Se torna ainda mais escandaloso fazerem isso nesse momento de crise econômica, aumento do desemprego e empobrecimento da população, em que a prefeitura tem inclusive reclamado de falta de recursos para políticas sociais. Ao votar o aumento do próprio salário, Bruno Covas e os vereadores estão desrespeitando a população que sofreu tanto em 2020 e segue sofrendo com as consequências da pandemia de Covid-19", afirma a vereadora eleita Luana Alves, a mais jovem parlamentar da história da cidade.

O reajuste, aprovado pela Câmara Municipal nesta quarta-feira (23), foi sancionado por Bruno Covas na véspera do Natal e passa a valer a partir de janeiro de 2022. Com a lei, o salário do prefeito passa de R$ 24.175,55 para R$ 35.462.

A portaria, publicada na edição desta quinta-feira (24) do Diário Oficial do município, ainda reajusta os salários do vice-prefeito, que passarão a receber R$ 31.915,80, e dos secretários municipais, para R$ 30.142,70, a partir de janeiro de 2022. O impacto estimado no orçamento é de R$ 500 milhões.

No pedido da liminar suspendendo a votação na Câmara, os vereadores do PSOL apontam o "impacto ao erário público".

Assinam a ação, além de Luana Alves, as futuras parlamentares Erika Hilton, Silvia Ferraro, Elaine Mineiro e os atuais vereadores pelo PSOL Celso Giannazi e Toninho Vespoli.