PSOL lança manifesto em defesa da candidatura de Erundina à presidência da Câmara

"Em tempos tão difíceis, é preciso animar as esperanças e renovar as nossas utopias. Os cálculos frios que justificam alianças injustificáveis não nos representam", afirma a legenda

Luíza Erundina - Foto: Antonio Augusto/Câmara dos Deputados
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O PSOL lançou nesta segunda-feira (18) uma carta-manifesto em defesa da candidatura da deputada federal Luiza Erundina (PSOL-SP) à presidência da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados. O nome da parlamentar foi oficializado na disputa nesta tarde.

"A candidatura de Luiza Erundina, por sua trajetória e comprometimento com as causas populares, é símbolo das lutas sociais e da causa democrática. É uma candidatura 'para fora', para os que dão sentido à nossa presença aqui, e para aqueles parlamentares que sabem que o Congresso democrático só é possível ouvindo a voz das ruas e as demandas populares. Em tempos tão difíceis, é preciso animar as esperanças e renovar as nossas utopias. Os cálculos frios que justificam alianças injustificáveis não nos representam", afirma trecho da nota.

O partido é o único do campo da oposição a não se juntar ao bloco em torno de Baleia Rossi (MDB-SP).

Em ato realizado nesta segunda para oficializar a candidatura, Erundina prometeu que um de seus primeiros atos seria dar encaminhamento aos pedidos de impeachment de Jair Bolsonaro, que estão parados na Câmara.

Esse tema é o ponto número 1 das propostas apresentadas pelo PSOL na carta.

"Num momento em que temos mais de 200 mil mortos no país e mais de 14 milhões de desempregados, o impeachment de Bolsonaro deve ser o primeiro e prioritário compromisso do novo presidente da Câmara dos Deputados diante dos inúmeros crimes de responsabilidade cometidos. Diante da pandemia, ficou ainda mais evidente o caráter genocida e irresponsável do governo Jair Bolsonaro. Sua permanência no cargo constitui uma ameaça à vida de milhões de brasileiras e brasileiros", afirma a legenda.

O partido promete ainda um Congresso protagonista na vacinação e a retomada do auxílio emergencial.