PT apresenta pedido de prisão de Moro por acesso a inquérito sigiloso

Na peça, assinada pela presidente da sigla, Gleisi Hoffmann e pelo deputado Paulo Pimenta, o partido destaca que Moro informou alvos de hackeamento que eles tiveram os celulares invadidos, o que indica que ele teve acesso a investigação, mesmo sem ser parte no caso

Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
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O Partido dos Trabalhadores apresentou nesta sexta-feira (26) uma comunicação de crime à Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ministro da Justiça, Sérgio Moro. A notificação leva em conta o acesso de Moro a informações de investigação que corre em sigilo, o que se configuraria como crime.
"Inicialmente, cumpre destacar o espantoso fato de o Ministro da Justiça ter acesso a dados de uma investigação sigilosa recém-
instaurada pela Polícia Federal", diz trecho do documento obtido pelo Correio Braziliense.
Na peça, assinada pela presidente da sigla, Gleisi Hoffmann e pelo deputado Paulo Pimenta, o partido destaca que Moro informou alvos de hackeamento que eles tiveram os celulares invadidos, o que indica que ele teve acesso a investigação, mesmo sem ser parte no caso. "Inicialmente, cumpre destacar o espantoso fato de o Ministro da Justiça ter acesso a dados de uma investigação sigilosa recém-instaurada pela Polícia Federal", destaca um trecho do documento. Os autores alegam ainda que Moro afirmou ao presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Otávio Noronha, que destruiria diálogos apreendidos com hackers. O PT pede, no documento enviado à PGR, a prisão de Sérgio Moro e o afastamento do cargo público. https://twitter.com/gleisi/status/1154740473606680577 O clima para o lado do ministro não está nada bom. Marco Aurélio Mello, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), disse nessa quinta que Sérgio Moro não tem poder para ordenar a destruição das mensagens que estavam com o hacker preso pela Polícia Federal. A intenção do ministro da Justiça é sumir com as conversas onde ele aparece tratando sobre os rumos da operação Lava Jato com membros do Ministério Público Federal de Curitiba.