
Por Daisy Schio e Andréa Leonora, especial para a Fórum
A Câmara Municipal de Florianópolis terá a posse de um novo vereador na segunda-feira (03). O professor de História Carlos Eduardo de Souza (Cadu), pós-graduado em Gestão Pública, assumirá seu segundo mandato de 30 dias na Casa. Em função da quarentena imposta pela pandemia da Covid-19, a cerimônia de posse será virtual.
Cadu é suplente do Partido dos Trabalhadores (PT) em Florianópolis e participa do sistema de rodízio com o titular da cadeira, o vereador Lino Peres. Pré-candidato do partido para as próximas eleições municipais, o ex-presidente do diretório municipal considera que o rodízio é um complemento importante da representatividade democrática.
“Quando essa ferramenta é utilizada, estamos trazendo para a Câmara de Vereadores as diversas bandeiras colocadas na sociedade e que por muitas vezes, por conta de uma matemática eleitoral, não conseguem aparecer. Isso limita a participação popular no poder que deve ser o mais popular entre todos, o Legislativo”, explica Cadu.
Cadu tem como metas os setores da cultura, educação, economia solidária, assistência social, políticas identitárias, além de pautas que já tratou no primeiro mandato, a exemplo daquelas trazidas por pescadores, ciclistas, estudantes, servidores públicos das três esferas (municipais, estaduais e federais) entre várias outras. “E a solidariedade nesse momento de pandemia, com tantas perdas de trabalho e renda”, acrescenta.
A prática tem outra vantagem na visão de Cadu – dá condições para que mais lideranças sejam apresentadas aos eleitores e à população em geral, o que aumenta as chances de renovação no Legislativo municipal. “A política vive um processo de cerco e aniquilamento. Vamos lá para dentro defender a própria política, o Estado como mediador e como protagonista na redução das desigualdades.”
Mandato compartilhado
O vereador titular da vaga, Lino Peres (PT), que também foi beneficiado com o rodízio quando Márcio de Souza era vereador, destacou que não se trata de um mandato coletivo, mas compartilhado. “É um trabalho político coordenado e muito exitoso. Uma iniciativa que valoriza o esforço de cada um na conquista de votos. Eu fui o eleito, mas os outros não podem ficar invisíveis”, disse ao defender que no futuro sejam usados critérios de gênero, étnico-racial, de juventude para enriquecer a experiência. “É o modo petista de legislar. Uma visão compartilhada e coletiva”, apontou.