PT entra com ação contra "queima" de livros por Sergio Camargo na Fundação Palmares

Em representação ao MPF, bancada petista diz que estamos "diante de uma ameaça real e iminente de perda ou deterioração de patrimônio que é público"

Sérgio Camargo (Foto: Facebook)
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A bancada do PT na Câmara entrou com representação junto ao Ministério Público Federal (MPF) em Brasília na manhã desta sexta-feira (18) pedindo abertura de investigação contra a "queima" de livros promovida pelo presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo Nascimento, na instituição.

Na representação, a qual a Fórum teve acesso, a bancada petista menciona a Lei n° 7.668, de 22 de agosto de 1988, que criou a Fundação Palmares com a "finalidade de promover a preservação dos valores culturais, sociais e econômicos decorrentes da influência negra na formação da sociedade brasileira".

"Inconcebível que, em relação aos fatos aqui alinhavados, estejamos diante de uma ameaça real e iminente de perda ou deterioração de patrimônio que é público e que as instituições, em especial o Ministério Público, tem o dever de velar pela sua preservação e contra abusos do Gestor na Administração Pública", diz a peça jurídica.

Sob justificativa de que há obras no acervo que não correspondem à finalidade da fundação por serem “manuais de militância de esquerda” e “atrasadas”, Camargo quer impedir que gerações futuras tenham acesso à realidade da história do Brasil. A medida predatória é comandada por Marco Frenette, amigo de infância de Camargo.