PT pede à PGR detalhes sobre troca de e-mails entre FHC e Odebrecht

Líder do partido na Câmara, Paulo Pimenta disse que objetivos são dois: saber por que dados foram omitidos durante três anos e meio e abrir processo contra os responsáveis, por crime de prevaricação

Foto: Wilson Dias / Agência Brasil
Escrito en POLÍTICA el
Por Hylda Cavalcanti, na RBA O PT protocolou nesta segunda-feira (11) pedidos na Procuradoria Geral da República (PGR) relacionados a informações sobre troca de mensagens entre o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC) e o empresário Marcelo Odebrecht. FHC teria pedido ajuda para a campanha de políticos do PSDB. Em um deles, segundo o líder na Câmara, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), a legenda quer saber se foi realizado inquérito sobre o caso e os motivos pelos quais isso nunca foi divulgado. O segundo solicita que seja aberta ação penal contra os policiais federais envolvidos na investigação e os procuradores responsáveis, para apurar eventual crime de prevaricação. Pimenta considerou absurdo que essas informações tenham ficado durante três anos e meio nas mãos do Ministério Público Federal (MPF) – no caso, a troca de e-mails entre FHC e o empresário envolvido na operação Lava Jato – sem que nada tenha sido feito até hoje. O parlamentar explicou que, mesmo que não tenha sido encontrado nada que incriminasse o ex-presidente, houve omissão por parte do poder público, ao não divulgar estes dados quando, contraditoriamente, tudo relacionado ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem sido amplamente divulgado pelos procuradores, nos últimos anos. “Sem falar que fatos relacionados a Lula que depois terminaram sendo esclarecidos, mesmo assim foram vazados para a imprensa sem que o resultado das investigações tivesse sido concluído”, afirmou Pimenta. “Só ficamos sabendo destes e-mails porque os advogados de defesa do ex-presidente Lula pediram para ter acesso à íntegra do processo da Lava-Jato. O Ministério Público jamais tomou providência para que o ex-presidente Fernando Henrique fosse investigado, o que mostra a seletividade do tratamento observado na condução da Lava Jato em relação a determinados políticos e em detrimento de outros”, destacou. Continue lendo na Rede Brasil Atual.