Publicitário se esquece que a agência onde trabalha é comandada por baianos e faz post contra nordestinos

Sergio Gordilho, co-presidente, e Nizan Guanaes, um dos fundadores da agência Africa, são baianos de Salvador. Empresa diz que tomará as medidas cabíveis

Foto: Reprodução Instagram
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O diretor da unidade de negócios da agência de publicidade Africa, José Boralli, fez postagem xenofóbica em sua conta do Instagram, na noite deste domingo (7), após a confirmação de um segundo turno para presidência da república entre Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL). [caption id="attachment_141977" align="alignnone" width="384"] Foto: Reprodução Instagram[/caption] “Nordeste vota em peso no PT. Depois vem pro Sul e Sudeste procurar emprego” O caso pode ser enquadrado como xenofobia – discriminação, neste caso por procedência nacional – crime previsto pela Lei nº 7.716, que pode ter como pena reclusão de 2 a 5 anos. [caption id="attachment_142004" align="alignnone" width="455"] O publicitário José Boralli. Foto: Divulgação[/caption] Além de receber muitas críticas por sua postagem preconceituosa, o publicitário teve que encarar outro problema, muito pior. Ao postar a bobagem, ele não se deu conta de que os seus chefes, Sergio Gordilho, co-presidente, e Nizan Guanaes, um dos fundadores da agência, são baianos de Salvador. Boralli passou a pedir desculpas nas redes, afirmou que fez um post "no calor do momento" e que o post feito por ele não reflete sua opinião e pediu "sinceras desculpas a todos que se sentiram ofendidos". [caption id="attachment_141978" align="alignnone" width="386"] Foto: Instagram[/caption] Mas, ao que tudo indica, parece que a casa caiu mesmo para o publicitário. Em um email enviado a todos os funcionários, a agência afirma que tomará as medidas cabíveis em relação ao caso. O comunicado, assinado por Márcio Santoro e Sérgio Gordilho, afirma que “o sucesso da Africa é a prova viva da força do convívio de pessoas de diferentes origens e backgrounds. Nascemos da diversidade”. O documento vai ainda mais além: “Não respeita-la seria arranhar nossa biografia e nossos RGs, na maioria nordestinos. O comentário desse funcionário não coincide com nossa crença, não está à altura da nossa história. Por isso, a Africa condena e afirma que tomará as medidas cabíveis em relação a esse caso que, em hipótese alguma, representa a nossa opinião e fere o nosso Código de Conduta”. [caption id="attachment_141979" align="alignnone" width="418"] Foto: Reprodução[/caption] Com informações de Juliana Kataoka no BuzzFeed