Queiroz começou a trabalhar com Flávio Bolsonaro na Alerj em 2003, ainda como PM

Documentos mostram que relação entre os dois é ainda mais antiga. Ex-PM foi contratado para ser agente de segurança do filho do presidente

Flávio Bolsonaro com Queiroz e Evelyn Queiroz na loja da Kopenhagen (Reprodução)
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O ex-assessor de Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), Fabrício Queiroz, possui uma relação ainda mais antiga com o filho do presidente. Documentos mostram que Queiroz foi contratado para trabalhar com Flávio no primeiro mandato dele como deputado, em 2003, quando Queiroz ainda era Policial Militar. As investigações até então apontavam que a contratação ocorreu em 2007.

De acordo com reportagem da revista Crusoé, Queiroz foi cedido pela PM do Rio de Janeiro para ser agente de segurança de Flávio. Três meses antes de chegar ao gabinete do então deputado, o ex-PM se envolveu no homicídio de um morador da favela da Cidade de Deus junto com Adriano da Nóbrega, que mais tarde se tornou um dos chefes do grupo miliciano Escritório do Crime.

Documentos mostram que os dois alegaram que mataram o morador em "legítima defesa". A Corregedoria da PM chegou a pedir um levantamento sobre outros casos do tipo envolvendo os dois policiais.

Em 6 de novembro de 2003, o major responsável pela movimentação de pessoal na PM do Rio informou que Queiroz servia na "DPG [Diretoria Geral de Pessoal, onde ficam os policiais cedidos a outros órgãos] à disposição, oficiosamente, do dep. Flávio Bolsonaro desde 26 de agosto de 2003".

No começo de 2007, o então governador Sérgio Cabral baixou um decreto ordenando que 5 mil policiais cedidos a órgãos públicos voltassem à PM para um processo de regularização. A partir disso, em março de 2007, Queiroz passou a servir oficialmente ao gabinete de Flávio.

A relação entre Queiroz e Jair Bolsonaro, no entanto, é ainda mais antiga. Os dois se conhecem desde 1984, quando o presidente era capitão na Brigada de Infantaria Paraquedista no Rio.