"Quero trazer para o PTB o cargo de presidente da República", diz Roberto Jefferson sobre Bolsonaro

Com a ironia que sempre lhe foi peculiar, Jefferson diz que "a corrupção não cessou", o que considera o maior "mal da política brasileira" e chamou a denúncia de Sérgio Moro de "canalha"

Bolsonaro assiste live com Roberto Jefferson (Reprodução/Twitter)
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Condenado a 7 anos e 14 dias de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por corrupção passiva e lavagem de dinheiro - pena que cumpriu apenas pouco mais de um ano -, o neobolsonarista Roberto Jefferson disse em entrevista à Guilherme Amado, na Revista Época deste domingo (3), que se aproximou de Jair Bolsonaro com "minha alma" e afirma que não negocia cargos além da Presidência da República, tentando trazer o capitão de volta ao PTB, partido que manda como um coronel da velha política.

"Sabe qual cargo eu quero do governo Bolsonaro? Quero trazer para o PTB o cargo de presidente da República. Eu quero que o Bolsonaro venha para o PTB. Ele já foi do partido e tem tapete vermelho para voltar com o grupo dele", afirmou.

Com a ironia que sempre lhe foi peculiar, Jefferson diz que "a corrupção não cessou", o que considera o maior "mal da política brasileira" e chamou a denúncia de Sérgio Moro de "canalha".

"Foi uma denúncia vazia e canalha. Moro não se safou. Vai ser investigado por isso também. Moro está habituado a afrontar a Constituição e a lei. Se achava Deus. Desde a Vaza Jato, quando vazou criminosamente uma conversa de Dilma e Lula. Moro está de bola murcha. Mais uma semana e ninguém fala mais nele. Moro é passado".

Sobre a política genocida de combate ao coronavírus conduzida por Bolsonaro, Jefferson diz concordar com o fim do isolamento social e ataca a Organização Mundial da Saúde (OMS), responsável pelas diretrizes internacionais de combate à doença.

"Essa OMS é uma privada da China. Desde quando temos de nos curvar a essa filial de Pequim?", afirmou, sinalizando que também virou adepto da doutrina de Olavo de Carvalho.