Randolfe chama Aras e Lira de covardes e cúmplices do golpismo

Senador criticou pronunciamento frouxo do presidente da Câmara e disse que "a covardia é um sentimento que nunca teve e nunca terá espaço na história"

Randolfe Rodrigues - Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
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O senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP) foi às redes sociais para criticar as posturas do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), que fez um pronunciamento nesta quarta (8), e do procurador-geral da República, Augusto Aras. Para Rodrigues, posicionamentos como os de Lira e de Aras "beiram a cumplicidade com Jair Bolsonaro".

"Quando um dos valores mais preciosos da nossa sociedade, como a democracia, está em jogo, não há espaço para dois lados. A covardia é um sentimento que nunca teve e nunca terá espaço na História. Lamento os posicionamentos acanhados e que beiram a cumplicidade com o golpismo", disse Rodrigues.

O senador esperava uma crítica mais dura em resposta às ameaças golpistas feitas pelo presidente nos atos deste 7 de Setembro. "Alexandre de Moraes, esse presidente não mais cumprirá. A paciência do nosso povo já se esgotou”, disparou o Bolsonaro para seus apoiadores na Avenida Paulista, em São Paulo.

Por outro lado, Randolfe Rodrigues elogiou o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF)Luiz Fux, que condenou a retórica antidemocrática de Bolsonaro e apontou crime de responsabilidade caso Bolsonaro, de fato, desrespeite decisões da Corte. "Saúdo e cumprimento o pronunciamento do presidente do STF, Luiz Fux. A Corte pode contar com nosso apoio", afirmou o senador.

Segundo Fux, “a crítica institucional não se confunde, e nem se adequa, com narrativas de descredibilização do STF e de seus membros, tal como vem sendo gravemente difundidas pelo Chefe da Nação. Ofender a honra dos ministros, incitar a população a propagar discursos de ódio contra o STF e incentivar o descumprimento de decisões judiciais são práticas antidemocráticas e ilícitas, intoleráveis”.

Randolfe Rodrigues ainda finalizou dizendo que "a história colocará no devido lugar os que defenderam a democracia, os que se acovardaram e os que foram cúmplices de criminosos".

O senador entrou com queixa-crime nesta terça (7) no STF para que Jair Bolsonaro seja investigado pelos seguintes crimes: "atentado contra a ordem constitucional, o Estado Democrático de Direito e a separação dos Poderes, conforme prevê a Constituição Federal; investigação sobre eventual financiamento dos atos do dia 7; utilização indevida da máquina pública, do dinheiro público, helicópteros, em favor desses atos.

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