Randolfe desmascara Tolentino: entrou com atestado para não ir à CPI mas gravou entrevista

Senador exibiu vídeo de entrevista dada pelo advogado ao Antagonista poucas horas após dizer que deu entrada no hospital para cancelar seu depoimento à comissão

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Ao final da sessão da CPI do Genocídio desta quarta-feira (1), o vice-presidente da comissão, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), desmascarou o advogado Marcos Tolentino, que cancelou seu depoimento alegando problemas de saúde.

O depoimento de Tolentino estava marcado para esta quarta-feira, mas na parte da tarde de terça-feira (31) ele apresentou à CPI um atestado médico informando que deu entrada no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, e solicitando o cancelamento de sua oitiva. O advogado, que diz estar com Covid-19, alegou "formigamento no corpo".

Ranfolfe, no entanto, mostrou na comissão um vídeo que mostra Tolentino dando entrevista ao site O Antagonista poucas horas depois e apresentar o atestado que impediria sua participação na CPI.

"Olha, ele tá sorridente. 15h41 com formigamento. 20h tá animado desse jeito. Pra todos que estão assistindo, esse era pra ser o depoente de hoje. Às 15h41h ele apresenta um atestado pra CPI um atestado que tinha dado entrada no Sírio Libanês com formigamento no corpo, e às 20h tá ali, faceiro, sorridente, dando entrevista. E às 9h de hoje não vem a essa Comissão Parlamentar de Inquérito", disse o senador ao exibir o vídeo da entrevista.

Assista.

https://twitter.com/Metropoles/status/1433166687856205825

Tolentino é apontado como possível “sócio oculto” da empresa FIB Bank, que deu garantia financeira de R$ 80 milhões em contrato firmado entra a Precisa Medicamentos e o Ministério da Saúde para a compra da vacina indiana Covaxin.

Pelo fato do advogado ter cancelado sua participação na comissão, os senadores ouviram, nesta quarta-feira, o motoboy Ivanildo Gonçalves Dias, responsável pelo saque e depósito de R$ 4.743,693 de um total de R$ 117 milhões em movimentações atípicas da VTCLog.

A empresa é responsável por fazer a logística e transportar insumos, inclusive vacinas, para o Ministério da Saúde. Randolfe destacou que a empresa está “no centro dos escândalos de corrupção” envolvendo a pasta, que se tornou alvo de uma das principais linhas de investigação da CPI.