Reforço: militares aposentados soltam nota em defesa do voto impresso

Clubes Militar, Naval e da Aeronáutica se uniram para dar respaldo a Bolsonaro

Jair Bolsonaro (Foto: Marcos Corrêa/ PR)Créditos: Marcos Corrêa/PR
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Os clubes de militares da reserva de Exército, Marinha e Aeronáutica publicaram na noite desta segunda-feira (2) nota conjunta em defesa do voto impresso. O "reforço" aos ataques do presidente Jair Bolsonaro ao sistema eletrônico de votação acontece após a abertura de inquérito no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

"A auditagem das urnas não pode ser enxergada a olho nu. Trata-se, de uma inescrutável caixa preta. A inviolabilidade das urnas eletrônicas, atestada pela própria equipe técnica do TSE, não pode ser um dogma. O TSE bloqueia sistematicamente propostas de teste do sistema solicitados por equipes externas, o  que pode levar à suspeita de que tem algo a esconder. Por que essa exclusiva 'segurança em obscuridade'? Por que tal segregação, se todos, indistintamente, tem direito à verdade?", diz trecho da nota assinada pelos clubes Naval, Militar e da Aeronáutica.

A publicação dos militares repete argumentos que o presidente Jair Bolsonaro usou em live em que não apresentou provas contra as urnas, apenas boatos, para defender o voto impresso. O texto termina com a seguinte passagem: "O prazo final para a resolução desse imbróglio, visando as eleições de 2022, será outubro. Esperamos que não seja um outubro vermelho, mas sim verde e amarelo, pelo bem do Brasil".

Esse apelo ao fantasma vermelho não é novidade no Clube Militar, mas dessa vez surge logo após o TSE dar resposta dura a Bolsonaro.

O plenário da corte decidiu, por unanimidade, abrir inquérito para apurar fatos envolvendo Bolsonaro "que possam configurar abuso de poder econômico e político, uso indevido dos meios de comunicação, corrupção, fraude, condutas vedadas a agentes públicos, propaganda extemporânea, relativamente aos ataques ao sistema eletrônico de votação e à legitimidade das Eleições de 2022”. Além disso, o tribunal acionou STF para incluir os ataques no inquérito das fake news.

Com informações da CNN