Regina Duarte bateu continência para Bolsonaro

O gesto de subserviência da "namoradinha do Brasil", agora secretária de Cultura do governo, chamou a atenção nas redes sociais

Regina Duarte bate continência para Bolsonaro (Foto: Alan Santos/PR)
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Depois de mais de um mês de "noivado" com o governo de Jair Bolsonaro, a atriz Regina Duarte tomou posse como secretária especial de Cultura nesta quarta-feira (4) em Brasília e, durante a cerimônia, já sinalizou que estará pronta para receber as ordens do capitão da reserva.

Assim como já fez Sérgio Moro, outros ministros e militares que compõem o governo, Regina Duarte bateu uma continência para Bolsonaro.

O gesto de subserviência à Bolsonaro daquela que era conhecida como "namoradinha do Brasil" chamou a atenção de internautas.

"A recruta Regina Duarte toma posse batendo continência para o tenente Bolsonaro. É a subserviência envergonhando a 'classe artística' que ela diz representar. Dias Gomes seria incapaz de criar uma personagem tão patética", escreveu o dono do perfil @danportugual.

"Não rola ter sororidade com mulher que bate continência pra fascista não", postou a internauta Darlene Barros.

"Liberdade"

Em discurso na cerimônia de posse de Regina Duarte para a Secretaria da Cultur, Bolsonaro disse que a atriz terá “porteira fechada” na pasta, mas às vezes é preciso fazer intervenções. “Você não está vendo um brucutu na sua frente”, disse o presidente.

Em seu discurso, Duarte ressaltou que a liberdade para tomar decisões lhe havia sido garantida. “O convite que me trouxe até aqui falava em porteira fechada, carta branca… Hum… não vou esquecer não [risos]. Foi inclusive com esses argumentos que eu me estimulei e eu trouxe para trabalhar comigo uma equipe apaixonada, experiente, louca para botar a mão na massa”, disse a atriz.

Bolsonaro respondeu: “Regina, todos os meus ministros também receberam o seu ministério de porteira fechada, ou seja, eles têm liberdade para escolher seu time”.

O presidente, contudo, ressaltou que realizará intervenções em algumas ocasiões. “Obviamente, em alguns momentos, eu exerço o poder de veto em alguns nomes. Já o fiz em todos os ministérios, para proteger a autoridade, que, por vezes, desconhece algo que chega ao nosso conhecimento”, disse.