Reinaldo Azevedo defende processo de impeachment para Bolsonaro e lista crimes que justificam

"Ameaçar um estado da Federação com corte de verba ou com alguma forma de punição é uma forma de corrupção segundo os termos da lei. Cabe, sim, denunciar o presidente por crime de responsabilidade", avaliou o jornalista

Bolsonaro, Moro e Reinaldo Azevedo (Montagem)
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O jornalista Reinaldo Azevedo, blogueiro do Portal Uol e apresentador da BandNews, gravou um vídeo em que defende a abertura de processo de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro por crime comum, fala xenofóbica e crime de responsabilidade, por retaliação contra o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB). Inscreva-se no nosso Canal do YouTube, ative o sininho e passe a assistir ao nosso conteúdo exclusivo "Ao se referir a todo o Nordeste como 'Paraíba' é claro que o presidente Jair Bolsonaro estava praticando preconceito de origem, e isto é crime, segundo a Lei 7.716, é o chamado crime comum, pelo qual um presidente da República também pode responder. Mas, mais do que isso, ele cometeu crime de responsabilidade segundo a Lei 1079, que é a Lei do Impeachment", declarou. https://twitter.com/UOLNoticias/status/1153051447120060419?s=19 Segundo Reinaldo, Bolsonaro já infringiu cinco pontos da Lei: (II) o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário e dos poderes constitucionais dos Estados; (IV) a segurança interna do país; (V) a probidade na administração; (VI) a lei orçamentária; e (VII) a guarda e o legal emprego dos dinheiros públicos. Ele destaca, em especial, o segundo ponto, relativo ao livre exercício dos poderes. "Ameaçar um estado da Federação com corte de verba ou com alguma forma de punição é uma forma de corrupção segundo os termos da lei. Cabe, sim, denunciar o presidente por crime de responsabilidade", avaliou. O jornalista acredita que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, não daria sequência a um pedido de impeachment para não gerar uma grande crise política, mas disse que é importante haver um pedido. "Uma história também é feita de cicatrizes. É preciso que a gente deixe as marcas da indignidade quando essa indignidade foi cometida. Não é a primeira vez que o presidente comete crime de responsabilidade: ele o fez quando divulgou um 'filminho pornô', fez quando mandou comemorar o golpe de 1964, ele o fez quando confessou que vistiou a CIA para depor Nicolás Maduro e quando decidiu pela demissão de fiscal do Ibama que o multara lá atrás por pesca irregular", disse.