Relação do clã Bolsonaro com assassino de Marielle é prioridade nas investigações, diz colunista

Segundo Plínio Fraga, não é apenas a proximidade de Carlos Bolsonaro com Ronnie Lessa que tem sido investigada, mas também os "vínculos antigos" de Lessa com o clã

Foto: Reprodução/InstagramCréditos: Arquivo pessoas/Flickr
Escrito en POLÍTICA el
Quase dois anos sem conseguir chegar aos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, a Polícia Civil está focada agora em desvendar as relações da família Bolsonaro com Ronnie Lessa, apontado como autor dos disparos daquele 14 de março de 2018. As informações são do colunista Plínio Fraga, do Uol, que trouxe detalhes sobre os rumos da investigação nesta sexta-feira (6). Como informado anteriormente nesta Fórum, a ligação do vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) com Ronnie Lessa era um dos pontos que a polícia parecia dar mais ênfase após as inconclusões das hipóteses anteriores. No entanto, os policiais pretendem ir além do filho do presidente e ir atrás dos vínculos antigos que unem o sargento reformado com o clã Bolsonaro. "Os investigadores do caso Marielle aprofundam a informação de que integrantes da família Bolsonaro ajudaram na recuperação de Lessa após o atentado de 2009, o que mostraria uma ligação antiga do acusado com o clã", pontua Fraga, que destaca também que "de modo lateral, por diversas vezes a família Bolsonaro aparece nas investigações ligadas a envolvidos no assassinato de Marielle Franco". O colunista lembra que Jair Bolsonaro aparece em fotos com Élcio Queiroz, dono do Cobalt preto usado na emboscada, e Josinaldo Lucas Freitas, o Djaca, acusado de ter jogado no mar as armas usadas na execução. Além disso, o ex-PM Adriano da Nóbrega recebeu homenagens na ALERJ por indicação do então deputado estadual Flávio Bolsonaro.