Relatório da Intervenção militar no Rio: 32 civis e quatro militares mortos

De acordo com dados do Observatório da Intervenção, que conta as mortes praticadas por policiais 736, sendo que 81 delas só no mês

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
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Atualizado às 11h48 A intervenção militar no Rio de Janeiro, que termina dia 31 de dezembro, conta com um relatório parcial que circula entre empresas cariocas e foi divulgado pela coluna Direto da Fonte, de Sônia Racy. Se forem levados em conta os dados do Observatório da Intervenção, que também conta as ações dos policiais, os dados são muito maiores (veja abaixo). Nestes seis meses e 11 dias de intervenção, o número de mortes, o dado principal do documento, foi de 32 civis e quatro militares. Foram apreendidos somente 26 fuzis no total de 155 armas. Tanto os policiais quanto as Forças Armadas trabalharam 9.822 horas – o que equivale a 410 dias ininterruptos. Nesse período percorreram 91.758 quilômetros, executando um total de 101 operações em 32 comunidades. Prisões, armas e drogas A parte mais detalhada do relatório é sobre a apreensão de drogas. Foram 1.350 quilos de maconha prensada e 19,5 embalagens da droga não pesadas, 507 quilos de cocaína, mais 38.069 pinos e 6.475 pedras de crack. Por fim, foram realizadas 523 horas de voos de helicóptero e 231 horas de avião. Observatório da Intervenção Se forem levados em conta os dados do Observatório da Intervenção, do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Cândido Mendes, divulgados em agosto, os índices de mortos se multiplicam, pois também são somados os mortos em confronto com policiais e não apenas com as Forças Armadas. O relatório do Observatório, divulgado em 16/08, aponta que "o modelo de segurança dependente de munições, tropas e equipamentos de combate não é capaz de produzir as mudanças de que o Rio necessita". Na soma dos seis meses de intervenção, 736 pessoas já haviam sido mortas pela polícia. Entre as autoridades foram mortos 51 agentes e um militar. Aconteceram 4.850 tiroteios na cidade em consequência de disputas de facções, confronto policial, operações e perseguições. Foram cometidos 2.617 homicídios dolosos e 99.571 roubos.