Um dos últimos remanescentes da finada operação Lava Jato, o procurador da República do Distrito Federal, Frederico Paiva, resiste em encerrar a última das 20 ações do lawfare contra o ex-presidente Lula que ainda tramita na justiça.
Leia também: Lula vence mais uma e juiza arquiva ação sobre tráfico de influência: “parcos indícios”
Em parecer, Paiva pede a manutenção da ação penal em que o petista é acusado de suposto crime de tráfico de influência, lavagem de dinheiro e organização criminosa na compra dos 36 caças, que teve contrato fechado já no governo Dilma Rousseff.
O processo está parado depois que a defesa do ex-presidente pediu a suspeição de Paiva e de Herbert Mesquita.
Advogados do ex-presidente ainda pedem o arquivamento da ação, baseada em provas que já foram consideradas nulas pelo Tribunal Regional Federal da 3ª região.
Sítio de Atibaia
Paiva cometeu um erro jurídico crasso ao tentar acelerar a tramitação do caso do sítio de Atibaia, ao confundir as denúncias e ratificou nomes errados.
Segundo informações divulgadas pelo site Consultor Jurídico, Paiva citou na denúncia do caso do sítio de Atibaia os nomes que foram denunciados em outro processo, sobre a sede do Instituto Lula.
Dessa forma, vários nomes citados na denúncia original, de Curitiba, no caso do sítio ficaram de fora, entre eles o do ex-presidente da OAS, José Adelmário Pinheiro Filho, o Leo Pinheiro, que mudou sua delação para que os procuradores da Lava Jato pudessem incriminar Lula.
Na denúncia, desde o começo, o MPF deixa claro que trata-se do processo relacionado ao sítio de Atibaia, mas a troca dos nomes mostra que na tentativa de incriminar Lula a qualquer custo, o procurador confundiu os casos.