Remanescente da Lava Jato, procurador resiste em encerrar última ação contra Lula

Após cometer erro crasso ao tentar reativar caso de sítio de Atibaia, procurador do DF, Frederico Paiva, que está sob suspeição, dá parecer pela continuidade da ação sobre compra de caças suecos, último dos 20 processos no lawfare contra Lula

Frederico de Carvalho Paiva (Valter Campanato/Agência Brasil)
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Um dos últimos remanescentes da finada operação Lava Jato, o procurador da República do Distrito Federal, Frederico Paiva, resiste em encerrar a última das 20 ações do lawfare contra o ex-presidente Lula que ainda tramita na justiça.

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Em parecer, Paiva pede a manutenção da ação penal em que o petista é acusado de suposto crime de tráfico de influência, lavagem de dinheiro e organização criminosa na compra dos 36 caças, que teve contrato fechado já no governo Dilma Rousseff.

O processo está parado depois que a defesa do ex-presidente pediu a suspeição de Paiva e de Herbert Mesquita.

Advogados do ex-presidente ainda pedem o arquivamento da ação, baseada em provas que já foram consideradas nulas pelo Tribunal Regional Federal da 3ª região.

Sítio de Atibaia

Paiva cometeu um erro jurídico crasso ao tentar acelerar a tramitação do caso do sítio de Atibaia, ao confundir as denúncias e ratificou nomes errados.

Segundo informações divulgadas pelo site Consultor Jurídico, Paiva citou na denúncia do caso do sítio de Atibaia os nomes que foram denunciados em outro processo, sobre a sede do Instituto Lula.

Dessa forma, vários nomes citados na denúncia original, de Curitiba, no caso do sítio ficaram de fora, entre eles o do ex-presidente da OAS, José Adelmário Pinheiro Filho, o Leo Pinheiro, que mudou sua delação para que os procuradores da Lava Jato pudessem incriminar Lula.

Na denúncia, desde o começo, o MPF deixa claro que trata-se do processo relacionado ao sítio de Atibaia, mas a troca dos nomes mostra que na tentativa de incriminar Lula a qualquer custo, o procurador confundiu os casos.