O senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI do Genocídio, informou à CNN Brasil, nesta terça-feira (29), que pretende incluir Jair Bolsonaro na lista de investigados pelo colegiado. O parlamentar também quer que o titular do Palácio do Planalto preste depoimento à comissão por escrito.
Segundo Renan, ainda há dúvidas com relação à competência da CPI para investigar Bolsonaro. Isto é, se a comissão pode ou não fazê-lo amparada constitucionalmente.
O relator prepara uma lista com os novos nomes a serem investigados pela comissão, que deve ser divulgada nos próximos dias. A primeira lista de investigados foi divulgada no dia 18 de junho e contém nomes como os do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e dois ex-ministros de Jair Bolsonaro: Eduardo Pazuello (Saúde) e Ernesto Araújo (Relações Exteriores). Além deles, o ex-secretário de Comunicação (Secom) da Presidência, Fabio Wajngarten, também passou a figurar como investigado.
Outro que está na lista é o empresário bolsonarista Carlos Wizart, acusado de integrar o chamado "gabinete paralelo" que orientava Bolsonaro com informações anticientíficas. Ele será ouvido pela CPI nesta quarta-feira (30).
Renan critica silêncio de Bolsonaro sobre denúncias de corrupção
Mais cedo, Renan Calheiros, via redes sociais, intimou Jair Bolsonaro a falar sobre a denúncia feita pelos irmãos Luís Claudio (DEM-DF) e Luís Ricardo Miranda sobre o suposto esquema de corrupção que envolve o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), nas compras de vacinas pelo Ministério da Saúde.
“Já se passaram 4 dias e o presidente não desmente os irmãos Miranda. Continua, assim, a destruir o líder de seu governo e arrasá-lo com suspeição. Por que o presidente não fala sobre o que falou sobre Ricardo Barros?”, indagou Calheiros.