Renato Feder fez contrato sem licitação com a Record no PR e tentou escapar de investigação do MP de MG

Em seu "currículo", o provável novo ministro coleciona polêmicas no setor público e privado

Jair Bolsonaro e Ricardo Feder | Montagem
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Nome mais provável para assumir o comando do Ministério da Educação, Renato Feder traz em seu "currículo" polêmicas em razão da administração da Secretaria de Educação e Esportes do Paraná e seu passado como co-presidente da empresa Multilaser, na qual é sócio.

Segundo o jornalista Athos Moura, da coluna do Lauro Jardim no O Globo, Feder e seus sócios entraram com uma ação no Supremo Tribunal de Justiça (STJ) em 2014 com o objetivo de suspender um inquérito aberto pela delegacia de Pouso Alegre (MG) a pedido do Ministério Público por suposto crime de descaminho. Após parecer da relatora contra a ação, ele e os sócios desistiram da medida.

Já na gestão da Educação do Paraná, Feder contratou sem licitação uma afiliada da TV Record para transmitir vídeo-aulas durante a pandemia do novo coronavírus, segundo o jornalista Hyury Potter, do The Intercept Brasil.

A emissora, no entanto, não possui ampla cobertura no estado, ao contrário do canal estatal, TV Paraná Turismo, preterido para a iniciativa. A RIC TV fechou um contrato mensal de R$ 2,7 milhões mesmo sem o sinal chegando a todos os estudantes e ainda recebeu um aditivo de R$ 800 mil.

Indicado pelo centrão, chamado pela revista IstoÉ de  “empresário que vende de tudo” e apelidado de "CoronaFeder, um vírus letal para a educação", o empresário já foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo e do Rio de Janeiro por sonegação de R$ 22 milhões em impostos. No passado, já defendeu a privatização de todas escolas e faculdades do país e a extinção do MEC.

Feder ainda não foi anunciado oficialmente como novo ministro, mas deve ser nomeado ainda nesta sexta-feira após a queda relâmpago de Carlos Alberto Decotelli e da fuga de Abraham Weintraub para os Estados Unidos

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