
A jornalista Patrícia Campos Mello, responsável pelas reportagens da Folha de S.Paulo que revelaram a indústria de fake news do presidente Jair Bolsonaro (PSL) para atacar seus adversários no período eleitoral, criticou nesta quarta-feira (23) a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de pedir às operadoras de telefonia as linhas dos sócios das empresas envolvidas no esquema.
“Isto aqui é um escárnio. As nossas matérias mostram com fotos que as agências compravam centenas de chips e registravam com CPFs de terceiros, ilegalmente, para fazer os disparos de WhatsApp. O que adianta o TSE pedir às operadoras as linhas dos sócios?”, escreveu a jornalista no Twitter.
Patrícia então compartilha uma imagem que mostra uma caixa cheia de chips de celular. “Olha só, TSE, como eram feitos os disparos em massa. De que adianta pedir pra operadoras as linhas das agências e donos?”, continuou. “Que tal pedir para o WhatsApp as linhas que foram bloqueadas? Ai, com metadados ou IP, dá pra chegar a quem enviou”, aconselhou.
olha só, @TSEjusbr , como eram feitos os disparos em massa. De que adianta pedir pra operadoras as linhas das agências e donos? Que tal pedir para O WHATSAPP as linhas que foram bloqueadas? ai, com metadados ou IP, da pra chegar a quem enviou. @TSEjusbr pic.twitter.com/skWGsSQXc0
— Patricia Campos Mello (@camposmello) October 23, 2019