Repreendido mais uma vez por Paulo Guedes, Bolsonaro minimiza manifestações do dia 26

Guedes disse claramente que os atos atrapalham a tramitação da reforma da Previdência. Depois da reprimenda, Bolsonaro foi às redes dizer que acredita na "harmonia dos três poderes" e que não tem nenhum envolvimento com os atos

Bolsonaro, Paulo Guedes e Onyx Lorenzoni (Marcos Corrêa/PR)
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Depois de ser repreendido mais uma vez pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, Jair Bolsonaro mudou o discurso e minimizou os atos convocados em seu apoio para o próximo domingo (26). Segundo a coluna Painel, da jornalista Daniela Lima, na edição desta quarta-feira (22) da Folha de S.Paulo, Guedes disse claramente a Bolsonaro que os atos podem atrapalhar a tramitação da proposta governista de reforma da Previdência no Congresso. Bolsonaro teria afirmado que a mobilização “é espontânea” e que ele, pessoalmente, não tem a ver com ela. Após a advertência de Guedes, o porta-voz da presidência, Otávio Rêgo Barros, informou que Bolsonaro decidiu não participar das manifestações no dia 26. Antes, o capitão chegou a cogitar participar das mobilizações, que têm entre suas principais reivindicações o fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Congresso Nacional, endossando os ataques do presidente à “classe política”. Mais tarde, pelo Twitter, Bolsonaro publicou mensagem dizendo que acredita "na harmonia, na sensibilidade e no patriotismo dos integrantes dos três Poderes da República para o momento que atravessa nossa Nação" e ressaltou que não tem nenhum envolvimento com os atos do dia 26. "Quanto aos atos do dia 26, vejo como uma manifestação espontânea da população, que de forma inédita vem sendo a voz principal para as decisões políticas que o Brasil deve tomar".