Comemorada pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) como um de seus grandes feitos, a Conferência de Ação Política (CPAC) foi alvo de ironias por parte da revista Vanity Fair em reportagem publicada nesta sexta-feira (28).
Reportagem de Caleb Ecarma compara Eduardo com Donald Trump Jr. e ironiza o filho do presidente brasileiro destacando a relação com representantes polêmicos da extrema direita dos EUA e seu viés autoritário.
Ele é descrito como: "deputado federal de São Paulo e filho do presidente autoritário de extrema-direita do Brasil, Jair Bolsonaro, que pediu que o governo de seu pai retornasse essencialmente a uma ditadura que permitiria o assassinato e a tortura de dissidentes, proibir a liberdade de expressão e efetivamente pôr um fim à democracia no país".
Eduardo foi aos Estados Unidos para participar de evento da CPAC e esteve ao lado de figuras como o deputado Paul Gosar, acusado de anti-semitismo em campanha eleitoral, Tobias Andersson, parlamentar sueco de extrema-direita, e Corey Stewart, um neo-confederado que foi recusado como candidato ao Senador pelos Republicanos em 2018.
A matéria destaca que Eduardo tem se aventurado pelo "mundo de Trump" desde que foi reeleito em 2018, aproximando-se também de Steve Bannon, o mentor do presidente. Ele chegou até mesmo a dizer que Bannon trabalhou na campanha do pai - o que não é admitido por Jair.
A revista ainda destaca que, assim como Donald Jr, Eduardo frequentemente defende as barbaridades ditas pelo pai. Os ataques ao jornalista Glenn Greenwald e
Caleb conta ainda que foi expulso do evento pouco antes do filho do presidente brasileiro falar. Eles mantiveram contato visual e Eduardo gritou "Bye-e, Caleb" (tchau, Caleb).