Roberto Jefferson é denunciado por incitação à tortura em vídeo divulgado na sexta-feira da paixão

"Dá um pau neles de cacete. Bate no joelho, no cotovelo, no ombro, pra quebrar a articulação, bate pra quebrar, e eles não vão voltar mais", diz Jefferson no vídeo, em que afirma também que políticos favoráveis às restrições são "enrustidos", sugerindo que seriam homossexuais

Roberto Jefferson e Jair Bolsonaro (Divulgação/PTB)Créditos: Palácio do Planalto/Divulgação
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Presidente nacional do PTB, o neobolsonarista Roberto Jefferson foi denunciado ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro por incitação à tortura em razão do vídeo divulgado na última sexta-feira (2), em que católicos celebram a Sexta-feira da Paixão, quando Cristo foi torturado até à morte.

A notícia-crime foi protocolada pelo secretário de Ordem Pública do município do Rio, Brenno Carnevale, que relata que o vídeo de Jefferson incita tortura e confrontamento de Guardas Municipais, que realizam ações de fiscalização das medidas de isolamento social.

"Monta uma cena pra eles chegarem, aí quando chegar fecha a rua com pneu, bota fogo, deixa assim duas viaturas … isola os caras. Dá um pau neles de cacete … bate no joelho, no cotovelo, no ombro, pra quebrar a articulação, bate pra quebrar, e eles não vão voltar mais", diz Jefferson no vídeo, em que afirma também que políticos favoráveis às restrições são "enrustidos", sugerindo que seriam homossexuais.

O vídeo ainda foi compartilhado pelo pastor Silas Malafaia, adorador de Jair Bolsonaro, que escreveu: "Roberto Jefferson ensinando como se expulsa "satanas" da igreja", seguido de um "kkkkk".

No vídeo, Jefferson aprece de balaclava e com instrumentos de martírio, como porretes e o mesmo chicote usado na via crucis cristã, para ensinar fiéis das igrejas a espancarem comunistas “que querem fechar as igrejas”.