O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) deu uma declaração na tarde desta sexta-feira (4) acentuando a crise entre ele e o ministro da Economia, Paulo Guedes. Na noite de quinta-feira, Maia revelou que o ministro teria vetado o acesso dele a secretários da pasta.
"Agora já fiz todas as minhas tentativas. Eu sou um político paciente, mas acho que a gente vai perder tempo. De fato, o Paulo Guedes não gosta de mim. Se a pessoa não tem uma boa relação, não adianta perder tempo. O Brasil é mais importante do que a opinião do Paulo Guedes a meu respeito, e vice-versa", disse a Gabriela Vinhal e Leonardo Cavalcanti, do SBT News.
"Temos de ter mais paciência para dialogar com os técnicos do governo, não eu, porque, em tese, estou proibido, mas certamente o relator e os membros da comissão", disse ainda.
A declaração veio após as queixas feitas na quinta-feira à imprensa. "Eu não tenho conversado com o ministro Paulo Guedes. Ele tem proibido a equipe econômica de conversar comigo. Ontem, a gente tinha um almoço com o Esteves [Colnago, assessor especial] e com o secretário do Tesouro [Bruno Funchal] para tratar do Plano Mansueto, e os secretários foram proibidos de ir à reunião", disse em coletiva.
"Decidi que a relação da presidência da Câmara será com o ministro Ramos, e o ministro Ramos conversa com a equipe econômica, para não criar constrangimento mais para ninguém. Mas isso não vai atrapalhar os nossos trabalhos, de forma nenhuma", completou.
À CNN Brasil, assessores de Guedes afirmaram que o ministro aponta que o corte na relação "não é nada pessoal, é funcional" e estaria relacionado com a formação de uma base do governo no Congresso. As conversas agora passariam a ser intermediadas pelo líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR).
Com informações do SBT News, da CNN Brasil e do G1