Romero Jucá é denunciado por receber ao menos R$ 1 milhão em propina no caso Transpetro

Os procuradores afirmam que Sérgio Machado – indicado e mantido na presidência da estatal por Romero Jucá e integrantes do MDB – tinha a função de arrecadar propinas para os padrinhos políticos

Bolsonaro e Romero Jucá em reunião no Palácio do Planalto (Divulgação/PR)
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O Ministério Público Federal (MPF) divulgou nesta terça-feira (4) que enviou denúncia à Justiça contra o ex-senador Romero Jucá (MDB) e Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, por envolvimento em esquema de corrupção na Transpetro. Jucá teria recebido ao menos R$ 1 milhão em propina somente em 2010, segundo os procuradores. De acordo com a denúncia, a corrupção que gerou os pagamentos ilícitos ao ex-senador ocorreu em quatro contratos e sete aditivos celebrados entre a Galvão Engenharia e a Transpetro. Os procuradores afirmam que Sérgio Machado – indicado e mantido no cargo por Romero Jucá e integrantes do MDB – tinha a função de arrecadar propinas para os padrinhos políticos. Além disso, Sérgio Machado garantia a continuidade dos contratos e a emissão de futuros convites para licitações às empreiteiras, conforme o MPF. A Galvão Engenharia, de acordo com o MPF, realizava o pagamento de propinas no percentual de 5% do valor de todos os contratos da Transpetro a integrantes do MDB que faziam parte do núcleo que sustentava Sérgio Machado como presidente da empresa, subsidiária da Petrobras.