Rui Costa responde a Bolsonaro com Hino da Bahia: "Com tiranos não combinam brasileiros corações”

Bolsonaro fez piada preconceituosa com os baianos. Rui Costa, reeleito com 75% dos votos, respondeu com um verso do Hino da Bahia

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O governador da Bahia, Rui Costa, reeleito com 75% dos votos, respondeu, na manhã desta quarta-feira (24), através das redes sociais, à declaração preconceituosa do candidato Jair Bolsonaro (PSL) contra os baianos com um verso do Hino da Bahia: "Com tiranos não combinam brasileiros corações”. Bolsonaro declarou, em vídeo gravado ao lado de familiares, que seria vantajoso comprar carro na Bahia porque já vem com o freio de mão puxado, deixando claro que considera os baianos preguiçosos. Rui Costa escreveu: “Lamentável o comentário do candidato Jair Bolsonaro sobre a Bahia e os baianos. Aqui, com muito raça foi consolidada a independência do Brasil e o povo gritou: ‘Com tiranos não combinam brasileiros corações’. Nosso estado é pobre mas é de gente trabalhadora no campo e na cidade. Aqui se trabalha muito para sobreviver com dignidade. Baianas e baianos desprezam, candidato, sua fala preconceituosa e estarão sempre a postos para responder a quem quer que seja que tente desrespeitar a Bahia. Nosso Estado é de paz, é criativo, é de todas as crenças e credos. Chega de preconceito, de racismo, de Ódio e Violência. Somos um Povo só: O Povo Brasileiro”, concluiu. O Hino da Bahia O Hino da Bahia, como também é chamado o Hino ao Dois de Julho, faz alusão ao 2 de julho de 1823 - data maior do estado, quando após as lutas que perduraram desde o ano de 1821, libertou-se do jugo português. Tem sua letra por Ladislau dos Santos Titara e música de José dos Santos Barreto. O hino baiano por muito tempo não foi oficialmente o hino do estado, tendo esse papel sido comumente desempenhado pelo Hino ao Senhor do Bonfim. Apenas em 20 de abril de 2010 o governador Jaques Wagner sancionou a lei estadual n.º 11.901, publicada no Diário Oficial do Estado de 21 de abril de 2010, que o tornou o hino oficial do estado. Refere-se a batalhas como as de Cabrito e Pirajá nas quais, com o sangue baiano, foi conquistada a independência do estado e consolidada a independência do país.