O deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) encaminha nesta sexta-feira (14) ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) seu pedido de desfiliação do DEM, cumprindo a promessa feita em fevereiro, quando foi traído pela sigla, que desembarcou da candidatura de Baleia Rossi (MDB-SP), apoiado por ele para sua sucessão na presidência da Câmara, para apoiar o candidato bolsonarista, Arthur Lira (PP-AL).
Na "ação declaratória de justa causa de desfiliação", enviada ao presidente do TSE, Luis Roberto Barroso, Maia pede para deixar o partido por justa causa, evitando assim perder o mandato.
Segundo o jornalista Lauro Jardim, no site do jornal O Globo, assim que deixar o DEM, Maia deve se filiar ao PSD, de Gilberto Kassab.
A desfiliação encerra um ciclo de mais de 20 anos de Maia no antigo Partido da Frente Liberal, o PFL, nome da sigla quando se filiou pela primeira vez, em 1998, quando foi eleito deputado federal pela primeira vez, aos 28 anos.
Um ano depois, o filho de Cesar Maia trocou o PFL pelo PTB, mas retornou ao partido em 2001. Em 2007, Maia tornou-se o primeiro presidente do DEM, em uma proclamada "refundação" do antigo PFL, que tem origem na Aliança Renovadora Nacional, a Arena, partido que deu suporte à Ditadura Militar.