Ruralistas comemoram decreto das armas de Bolsonaro: "Primeiro atira, depois pergunta o que foi fazer lá"

“O Estado não tem condição de prover segurança, é preciso dar condições às pessoas de se defenderem”, afirma Ilson Redivo, catarinense de Caçador que migrou há 30 anos e hoje é presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Sinop

Bolsonaro (Foto: José Cruz/Agência Brasil)
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Coluna de Fábio Zanini, na edição desta sexta-feira (10) da Folha de S.Paulo, informa que ruralistas do norte do Mato Grosso, uma das regiões de maior conflito agrário do País, comemoraram o decreto de Jair Bolsonaro (PSL) que liberou o porte de armas para várias categorias, entre eles proprietários rurais. “Se o cara vai lá na fazenda, chumbo grosso nele. Você primeiro atira e depois pergunta o que ele foi fazer lá”, afirma Ilson Redivo, catarinense de Caçador que migrou há 30 anos e hoje é presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Sinop (MT). Segundo ele, a Polícia Militar no município mal tem condição de oferecer segurança urbana para a cidade de 140 mil habitantes, considerada a “capital do Nortão de Mato Grosso”. “A lei do desarmamento desarmou o cidadão de bem”, afirma ele, que mantém um adesivo de Bolsonaro em seu computador de trabalho. “O Estado não tem condição de prover segurança, é preciso dar condições às pessoas de se defenderem”.